Até 1994, em Hong Kong, existia a cidade murada de Kowloon, famosa pelas casas “colmeia”, típicas da metrópole asiática. Kowloon parecia algo saído de um filme de ficção científica: à margem da lei, a não ser a imposta pelos seus habitantes, uma densidade populacional 120 vezes maior que a de Nova Iorque, o que a tornava a mais populosa do mundo, e com os níveis de crime mais elevados. Entretanto, este lugar desapareceu, tendo sido reduzido a uma cidade fantasma.
Controlada por grupos locais e com altos índices de prostituição, jogo e uso de drogas, em 1990, a cidade murada já contava com 50 mil habitantes nos seus 2,6 hectares de terras
As ruas eram como túneis, onde não havia vestígios de sol, com telhados em cima de milhares de cabos e canos. Por essas razões, a cidade murada de Kowloom também foi apelidada de "Cidade das Trevas".
Vivendo sem lei, qualquer um poderia exercer qualquer profissão, do eletricista ao médico, sem nenhuma qualificação. Nem mesmo a polícia fez fiscalizações, com medo de cruzar os umbrais da cidade murada.
Em 1987, o governo decidiu destruir a cidade, anunciando a ordem de despejo para todos os moradores e a futura demolição dos edifícios. O governo de Hong Kong pagou uma indemnização às 900 empresas e mais de 10.000 famílias que deveriam mudar-se para outro lugar.
A expulsão de todos os residentes durou anos. A demolição da cidade começou em 23 de março de 1993 e em abril de 1994 desapareceu para sempre.
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