
Um terreno privado no arquipélago de Svalbard, na Noruega, poderá ser vendido por 300 milhões de euros a um grupo de investidores internacionais e noruegueses, caso o governo norueguês não vete o negócio por razões de segurança nacional.
A parcela de terreno, equivalente ao tamanho de Manhattan, localiza-se a cerca de 65 quilómetros de Longyearbyen, a principal localidade da região. A propriedade, conhecida como Søre Fagerfjord, tem mais de cinco quilómetros de costa e é rica em biodiversidade ártica.
A venda está a gerar controvérsia, numa altura de crescente tensão geopolítica no Ártico. O arquipélago é regulado pelo Tratado de Svalbard, assinado por cerca de 45 países, incluindo Rússia, EUA e China, o que levanta preocupações sobre a soberania e controlo do território.
Segundo Birgit Liodden, uma das acionistas vendedoras e ativista climática, citada pela Bloomberg, os compradores pretendem “proteger a área das alterações ambientais” e incluem cidadãos de países da NATO e signatários do tratado. Metade do valor da venda será destinado a projetos ambientais em Svalbard, garante.
Contudo, o Ministério do Comércio norueguês reforçou que qualquer negociação requer aprovação estatal prévia, por motivos de segurança nacional. Um dos advogados envolvidos na transação afirma que o Estado não pode impedir a venda, dado que os compradores são ambientalistas e não há riscos evidentes.
O terreno pertence há mais de 100 anos à empresa norueguesa Aktieselskabet Kulspids, criada originalmente para explorar recursos naturais na região.
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