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Proprietários de centros comerciais preocupados com o impacto do e-commerce

Os proprietários e gestores de centros comerciais consideram que o e-commerce (comércio eletrónico) está a ter grande impacto no setor. Em causa está o estudo “Survival of the Fittest”, da consultora Cushman & Wakefield (C&W), que apresenta os resultados de inquéritos feitos a proprietários e gestores de 1.500 centros comerciais (cerca de 20% do total do mercado europeu). Segundo o mesmo, 68% dos inquiridos diz que o e-commerce é o fator que tem causado mais mudanças na sua atividade. 

“É certo que o e-commerce não é o único fator que tem vindo a influenciar o mercado, nem é já hoje uma novidade, mas é o seu impacto tão significativo na indústria que o tem tornado num tema recorrente”, diz Marta Esteves Costa, associate e diretora de Research & Consultoria da C&W.

De acordo com o estudo, os centros comerciais de tamanho médio estão numa situação de maior risco enquanto os mais pequenos e de conveniência e os de grande dimensão têm mais potencial para suportar ou mesmo beneficiar da incorporação de comércio eletrónico. Sobretudo se tiverem um posicionamento e identidade bem definidos. 

Para Marta Esteves Cardoso, “os centros comerciais que ofereçam uma grande variedade de serviços e que captem a atenção de toda a família serão os ativos preferidos no futuro”. A responsável acredita que há “sempre espaço para desenvolver projetos mais diversificados e com menor dimensão, como galerias comerciais focadas num determinado segmento ou espaços locais com uma proposta de valor baseada na conveniência”, mas deixa um aviso: “Os centros precisam de uma identidade própria e uma razão de ser bem definida”.

A responsável vai mais longe no seu raciocínio e afirma que “os centros fora das cidades têm também razão para existir”, sendo que muitos estão “bem preparados para enfrentar a nova era do retalho”. “Os que estão dentro das cidades irão também, e em muitos casos isto é já visível hoje, desempenhar um papel importante na integração de áreas urbanas e a sua existência irá ser utilizada como um centro social e um destino para eventos e serviços”, conclui.

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