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Acabado de tomar posse como primeiro-ministro, em 1995, António Guterres prometia que ia acabar com os “jobs for the boys”, ou seja, que as nomeações para cargos públicos iam deixar de obedecer a critérios partidários. Quase vinte anos depois, um estudo, cuja análise começa em 1995, revela precisamente que as nomeações para os cargos dirigentes na administração pública são influenciadas pelos partidos políticos.

Segundo o jornal Público, que cita a investigação da Universidade de Aveiro (UA), foram detetados dois tipos de motivações por trás das nomeações para cargos na cúpula da administração central: o “controlo de políticas públicas” e a “recompensa por serviços prestados anteriormente ou em antecipação aos mesmos”.

Em declarações ao mesmo jornal, a autora, Patrícia Silva diz que “é difícil dizer que uma nomeação ocorra só por causa de um dos motivos, que por vezes se conjugam”.

As conclusões apoiam-se numa base de dados de 11 mil nomeações e em entrevistas a “51 dirigentes políticos, ministros e observadores privilegiados da política portuguesa”, que, “na sua larga maioria, confirmam essa influência partidária”. diz Patrícia Silva. 

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