o impacto das medidas de austeridade previstas no pec iv foi sobrestimado pelo governo. esta foi, segundo o diário económico (de), a conclusão a que chegaram os técnicos da "troika" – composta por membros do banco central europeu (bce), fundo monetário internacional (fmi) e comissão europeia (ce) – que estão em portugal a avaliar as contas nacionais para depois negociarem um pacote de ajuda financeira. de acordo com o de, o fmi e a ce podem avançar com medidas mais duras que as previstas, existindo mesmo a hipótese de o pagamento dos subsídios de férias e de natal dos funcionários públicos passar a ser feito em títulos do tesouro
caso esta medida se confirme, a partir deste ano, e até final do processo de consolidação orçamental e do programa de ajuda externa, os funcionários públicos vão receber o 13º e o 14º mês através de títulos do tesouro, como certificados de aforro. o de escreve que seria quase um regresso ao passado, já que em 1983, aquando da última intervenção do fmi em portugal, foi uma das medidas exigidas em troca do financiamento externo. na altura, apenas o subsídio de natal foi pago em certificados de aforro, mas só uma parte, já que uma percentagem continuou a ser paga em dinheiro
desta vez, as medidas podem ser ainda mais duras, sendo que este ano só deverão ter impacto no subsídio de natal, porque quando o pacote de austeridade da "troika" chegar ao terreno, já a maioria dos funcionários públicos terá recebido o subsídio de férias
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