O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considera que os desempregados de longa duração mais velhos e com menos qualificações dificilmente vão ter novas oportunidades de trabalho em Portugal. O setor da construção civil e obras públicas é um dos mais problemáticos para o primeiro-ministro.
O chefe de Governo defendeu ontem o desenho de políticas ativas de emprego à medida daqueles que trabalharam em áreas que não serão retomadas com a mesma importância do passado como é o caso da construção civil e obras públicas.
Durante o discurso do 15º aniversário da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde (ADICE), em Valongo, distrito do Porto, Pedro Passos Coelho, citado pela TSF, admitiu que o desemprego estrutural do país continua a ser muito elevado", estando acima dos 10%, sendo necessário "um programa muito decidido e muito determinado para o combater.
"É importante estar consciente de uma dificuldade. Há grupos de cidadãos portugueses que mesmo que tudo isto aconteça, mesmo que nós sejamos bem-sucedidos nesta nossa vontade de mudar estruturalmente o perfil da economia portuguesa (...) há pessoas que continuarão a não ter oportunidades de emprego", alertou.
Segundo Passos Coelho, trata-se de um "grupo de pessoas que dedicaram um tempo grande da sua vida a áreas que não retomarão como tiveram importância no passado, sobretudo a área da construção civil e das obras públicas".
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