O fim dos empregos efémeros da época natalícia terá ajudado a elevar o número dos desempregados que em janeiro se foram inscrever nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Existem atualmente 615.654 indivíduos à procura de trabalho: mais 17.073 que em dezembro e menos 89.673 que no período homólogo.
Segundo o Dinheiro Vivo, todos os indicadores do desemprego baixaram em relação a janeiro de 2014, mas na comparação com dezembro aconteceu o contrário, com aumentos em todas as referências assinaladas pelo IEFP.
O maior aumento de desempregados no primeiro mês do ano deu-se entre os jovens com menos de 25 anos, com uma subida de 5,5% para 77.891 pessoas. O segundo maior aumento (+4,4%) ocorreu entre os licenciados, abrangendo agora 81.158 indivíduos com o ensino superior.
Por áreas geográficas, o Algarve foi a região com a subida mais expressiva no número de inscritos no IEFP, ao crescer 8,1% face a dezembro, com 29.222 inscritos. Mas o Norte continua a liderar, com 258 mil desempregados (+1,8%).
Em janeiro, o IEFP recebeu 15.839 ofertas de emprego, mais 49,2% que em dezembro e mais 10,3% que em janeiro de 2014. De referir que foram colocadas 10.703 pessoas, mais 52,3% que em dezembro e mais 13,7% que em janeiro do ano passado.
Radiografia do dia: Evolução da taxa de desemprego em Portugal
A taxa de desemprego estimada para o quarto trimestre de 2014 foi 13,5%, mais 0,4% que no trimestre anterior e menos 1,8% que no trimestre homólogo. Ao todo, e segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), estarão desempregadas 698,3 mil pessoas, mais 1,4% que no trimestre anterior e menos 13,6% que nos mesmos três meses do ano passado. Como podes ver na imagem, a taxa de desemprego dos homens (13,1%) foi inferior à das mulheres (13,8%).
Há 336 mil desempregados à procura de trabalho há mais de dois anos
A taxa de desemprego continua a ser um problema sério em Portugal, nomeadamente no que diz respeito aos desempregados de muito longa duração, que são os que mais impedem a descida dos números. Em 2014, havia 336.000 pessoas desempregadas a procurar trabalho há mais de dois anos, um valor recorde desde que existem registos (1998) no Instituto Nacional de Estatística (INE).
Quanto custa às empresas em Portugal cada hora de trabalho?
Em 2023, as empresas portuguesas gastaram, em média, 17 euros por cada hora trabalhada – incluindo custos salariais e outros gastos, como impostos e contribuições sociais –, segundo dados divulgados recentemente pelo Eurostat. Trata-se de um valor muito inferior ao registado na média da União Europeia (UE) e da Zona Euro: 31,8 e 35,6 euros, respetivamente. Portugal é, de resto, um dos países onde o valor é mais baixo (o 10º entre os Estados-membros da UE).
Custos das empresas com salários sobem 5,5% em Portugal no 4º trimestre
No quarto trimestre de 2023, os custos do trabalho por hora aumentaram 3,4% na Zona Euro, 4% na União Europeia (UE) e 5,7% em Portugal, face ao período homólogo, segundo dados do Eurostat. De referir que há duas grandes componentes nesses custos: os salários e os outros encargos. Relativamente aos ordenados, subiram 3,1% na Zona Euro e 3,8% no conjunto da UE em termos homólogos. Em Portugal, o crescimento foi ligeiramente superior: 5,5%.
Livro verde sobre relações laborais: o que é
O nosso quotidiano, enquanto sociedade, está muito diferente do que era noutras décadas, nomeadamente no século passado. A revolução digital tem-se sentido nos últimos anos. Atualmente, a inteligência artificial e a automação estão a transformar o mercado trabalho.
Taxa de desemprego mantém-se em 6,5% – está mais baixa que há um ano
A taxa de desemprego em Portugal foi de 6,5% em janeiro, sendo idêntica à registada em dezembro e inferior à verificada no período homólogo (7%), segundo dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira (29 de fevereiro de 2024).
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