Angola chegou a ser um dos "El Dorados" para muitos portugueses, que ali arranjaram empregos e bem pagos. Hoje a realidade é outra no país africano. Neste momento, existem pelo menos cerca de dois mil trabalhadores portugueses com salários em atraso em Angola, de acordo com informações do Sindicato da Construção de Portugal (SCP).
O presidente do SCP, Albano Ribeiro, citado pela TSF refere que é a consequência do abrandamento das obras públicas no país. Muitas obras que estavam programadas acabaram por não avançar. De acordo com o dirigente sindical "só uma empresa tem 200 trabalhadores com salários em atraso".
Albano Ribeiro diz, no entanto, que alguns trabalhadores vivem em condições de "escravatura contemporânea". "Estão a viver em contentores e instalações sociais que não são condignas para seres humanos, ou seja, num espaço muito curto, não tem ar condicionado. Onde deviam dormir dois ou três estão a dormir, a comer e a dormir, nesse espaço, dez e doze trabalhadores", declara, segundo a rádio.
Na quinta-feira, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma linha de crédito de apoio à tesouraria das pequenas e médias empresas (PME) que trabalham com o mercado angolano. A linha de crédito terá uma dimensão de 500 milhões de euros, um prazo máximo de dois anos e carência de um ano.
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