A crise no setor da construção obrigou muitas empresas portuguesas a apostarem na internacionalização, com Angola a ser o destino de eleição. Mas os impactos da queda do preço do petróleo no país, como o adiamento de projetos previstos, estão a preocupar as construtoras nacionais presentes neste mercado.
Até agora, não estão identificados casos concretos de projetos suspensos ou interrompidos em Angola, adiantou Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). Em declarações ao Jornal de Negócios, o responsável considerou, no entanto, queda do preço do petróleo “terá consequências”.
De referir que Angola é o principal mercado da internacionalização das construtoras portuguesas. Em 2013, o volume de negócios das empresas nacionais neste país ultrapassou os 2.000 milhões de euros, o que representa 38% do total. No que diz respeito à carteira de encomendas neste mercado totalizava 2.262 milhões de euros no final de 2013.
A publicação escreve, no entanto, que continuará a existir um investimento com significado em infraestruturas no país e que neste momento é cedo para saber se a atual situação vai ter reflexos na suspensão de obras em curso ou nos projetos que estão planeados, assim como no cumprimento dos prazos de pagamento.
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