o número de pessoas que se candidataram às casas municipais de lisboa com renda condicionada triplicou, para perto de cinco mil, até setembro, face às 1.322 entregues no ano passado pela divisão de habitação da autarquia. segundo o diário de notícias (dn) a câmara classificou 2.873 candidaturas, rejeitou 855 e já entregou sete fogos, estando prevista a entrega de mais 20 entre finais deste mês e a primeira quinzena de novembro
a crise económica será o factor determinante para este aumento, mas nem com rendas simbólicas os inquilinos cumprem o pagamento. cerca de metade dos inquilinos tem os pagamentos em atraso, em muitos casos por mais de seis meses, isto apesar de os valores cobrados serem muito baixos, com cerca de 4.200 dos contratos de arrendamento a ficarem abaixo dos 5 euros,o que torna impossível suportar as despesas de manitenção dos imóveis
também no porto, 47% dos inquilinos municipais pagam menos de 10 euros de renda, num total de 32 mil residentes
o dn revela que, em lisboa, estão em causa 24 mil fogos, que têm regras de acesso mais rigorosas desde dezembro do ano passado. o objectivo do novo regulamento (proposto pelo movimento dos cidadãos por lisboa, e que foi aprovado) é criar critérios mais transparentes de atribuição.
entre os critérios para aceder a uma destas habitações consta que o agregado familiar deve ter um rendimento mensal corrigido inferior a 1.257 euros, explica o dn. o caso de idades superiores a 65 anos, pode candidatar-se quem tenha rendimentos abaixo de 2.096 euros. e, no caso de famílias com três ou mais elementos, o rendimento corrigido per capita não pode ser superior a 419 euros
helena roseta, vereadora com o pelouro da habitação, já garantiu que quer passar a pente fino os fogos municipais para verificar se existem situações irregulares
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