O mercado financeiro português tem dois novos concorrentes: o Banco CTT e o espanhol Bankinter. Mas será que, no caso do Banco CTT, vale a pena fazer dos correios o seu banco? Fica a saber se as opções oferecidas por esta recente entidade financeira se adaptam às tuas necessidades.
De acordo com o Notícias ao Minuto, que se apoia numa análise realizada pelo ComparaJá, o banco dos correios aparece no mercado como uma alternativa para todos: “Sem custos de manutenção nos depósitos à ordem e apoiado na marca centenária dos CTT, o banco oferece uma carteira de ofertas limitada mas com condições abrangentes. No segmento de poupança, o perfil de cliente alvo é invulgarmente vasto”, refere a publicação.
O “depósito a prazo Banco CTT” é a única oferta. Trata-se de um depósito com rendimento bruto de 0,5% e rentabilidade líquida de 0,36%, com a vantagem de exigir apenas 100 euros para a constituição. Com prazos até 12 meses, o depósito do banco dos correios é mobilizável a qualquer altura com a contrapartida de serem perdidos todos os juros acumulados.
“Comparando com produtos do mesmo género existentes no mercado, as remunerações das aplicações do Banco CTT são relativamente menos atrativas”, revelou Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.
Fazendo uma análise à concorrência, conclui-se que o “depósito a prazo Banco CTT” perde na rentabilidade para os concorrentes mais diretos como o Banco Popular e Banco Finantia e que fica muito longe dos depósitos curtos mais aliciantes: os investimentos a três meses do Banco BiG e Banco Best (2,5% de taxa bruta). O (baixo) custo de abertura é, no entanto, uma vantagem.
No que diz respeito ao crédito pessoal, o Banco CTT volta a destacar-se pela simplicidade, escreve a publicação. Para um mínimo de 2.500 e um máximo de 50.000 euros, os clientes não são obrigados a subscrever qualquer outro produto ou a ter sequer uma conta à ordem e são oferecidas condições opcionais como taxas e mensalidades fixas e a adesão a um seguro para proteger o cliente em caso de desemprego ou morte. As comissões de abertura não existem e as taxas cobradas ficam entre os 8,4% e os 10,5% para prazos de um a oito anos.
De referir, no entanto, que o banco dos correios não funciona como uma instituição financeira clássica. Os contratos assinados servem apenas como uma ponte para o financiamento final, oferecido pela Cetelem.
Relativamente ao cartão de crédito, mais uma vez a opção é única e não traz complicações. Não há anuidades, o cliente pode fazer amortizações gratuitas sempre que quiser, pode comprar durante 50 dias sem pagar juros e gastar entre 500 euros e 5.000. Em troca, o banco dos correios pede uma TAEG de 18,1% (valor combinado dos juros, custos de processo, comissões e seguro), lê-se no Notícias ao Minuto.
Em jeito de conclusão, Sérgio Pereira adiantou que “o Banco CTT procura abranger os diferentes segmentos do mercado ao não cobrar, por exemplo, comissão de abertura e ao não obrigar a subscrever outros produtos”. “O Banco CTT procura ter produtos apelativos para um perfil mais abrangente”, explicou o diretor do ComparaJá.
Para poder comentar deves entrar na tua conta