
Os cerca de 4 mil clientes lesados do papel comercial do BES têm até esta sexta-feira para indicarem se aceitam aderir ao mecanismo que os visa compensar pelas perdas sofridas. Para já, esta auscultação, que já terá tido uma adesão superior a 90%, não tem caráter vinculativo, mas servirá para saber quantos clientes lesados querem de facto assinar o contrato de adesão ao modelo encontrado para tentar minimizar as perdas.
Esta solução, tal como recorda a Lusa, foi encontrada pelo grupo de trabalho que reuniu durante mais de um ano com a Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o Banco de Portugal, o 'banco mau' BES e o Governo, através do advogado Diogo Lacerda Machado.
O mecanismo encontrado visa compensar parcialmente os 4 mil clientes que investiram, aos balcões do Banco Espírito Santo (BES), 434 milhões de euros nas empresas Espírito Santo Financial e Rio Forte, e cujo investimento perderam com o colapso do Grupo Espírito Santo (no verão de 2014).
O que ganham ao aderir a este mecanismo?
A agência de notícias escreve que os clientes que aceitem a solução irão recuperar 75% do valor investido, num máximo de 250 mil euros, isto se tiverem aplicações até 500 mil euros. Já acima desse valor, irão recuperar 50% do valor investido.
Ou seja, os clientes assumem perdas, mas recebem dinheiro por que teriam de esperar anos, provavelmente, para recuperar em processos em tribunal e de forma incerta.
O pagamento será feito por parcelas, sendo que 30% do total será recebido logo após o cliente assinar o contrato de adesão, que agora se prevê que aconteça entre junho e julho, enquanto o restante valor será pago em mais duas parcelas, em 2018 e 2019.
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