
Os portugueses estão a ganhar mais, mas a poupar menos. Até março deste ano a taxa de poupança das famílias voltou a cair para 3,8%, o valor mais baixo dos últimos 18 anos, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os números divulgados mostram que os rendimentos e as despesas das famílias aumentaram na mesma medida, o que significa que a redução da taxa de poupança se deve a “uma variação mais intensa na despesa de consumo final do que no rendimento disponível", de acordo com o INE. O valor agora divulgado é o mais baixo desde que há estatísticas (1999) e recuou 0,5 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
"O crescimento do rendimento disponível das famílias resultou principalmente do aumento de 0,9% das remunerações recebidas, que mais que compensou as reduções dos rendimentos líquidos de propriedade e do saldo das prestações sociais líquidas de contribuições", adianta o instituto estatístico, que confirma a queda dos valores há três trimestres consecutivos.
No quadro europeu, escreve o Jornal Económico, Portugal apresentava nos finais de 2016 uma taxa de poupança de 4,3%, abaixo da média europeia de 10,3% .
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