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Bruxelas avisa: “Emprego em Portugal é pouco qualificado e mal pago”
GTRES

Para a Comissão Europeia (CE), o número de postos de trabalho criados em Portugal – a crescer a um ritmo significativo – está geralmente associado a qualificações mais baixas e a salários reduzidos. Bruxelas deixa um alerta, mostrando-se preocupada com os riscos que uma economia baseada em emprego mal pago e pouco qualificado acarreta.

“Em 2017, o abrandamento verificado nos custos unitários do trabalho deveu-se, principalmente, ao facto do crescimento dos salários ter continuado a ser lento. Isto pode ser explicado pela elevada proporção de empregos a ser criados em setores com perfis de baixas qualificações e salários abaixo da média”, refere ao DN/Dinheiro Vivo, um representante de Bruxelas.

O responsável, quando questionado sobre o que poderia explicar o embaratecimento aparente da economia através do trabalho, respondeu de forma clara: deve-se, sem dúvida, aos baixos salários e concentração da criação de emprego em atividades onde dominam as baixas qualificações.

Segundo Bruxelas, a produtividade por trabalhador está a evoluir mais rápido que os salários. Ou seja, a primeira cresce 2,3% em 2018 e 2019, ao passo que o salário médio por empregado não sobe além de 1,7% ou 1,8% nos próximos tempos. Daí o embaratecimento aparente do país, segundo o representante da CE. 

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