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portugal pagou esta quarta-feira a taxa de juro mais alta do ano, mas não ultrapassou a barreira dos 7%, tendo conseguido colocar no mercado 1.242 milhões de euros, com a procura a mais que duplicar a oferta, revela o jornal expresso. no último leilão de obrigações do tesouro deste ano, o instituto de gestão da tesouraria e do crédito público (igcp) "vendeu" 556 milhões de euros na linha que vence em 2016 e 686 milhões de euros no prazo a 10 anos

na emissão com maturidade a junho de 2020 (dez anos), o leilão rendeu 686 milhões de euros, tendo o estado pago o juro médio de 6,806%, acima dos 6,242% registados na emissão semelhante de setembro, que já tinha atingido o valor mais alto do ano

já na emissão com maturidade a outubro de 2016 (seis anos), foram conseguidos 556 milhões de euros, com um juro médio de 6,156%, um valor muito superior ao da última emissão, a 25 de agosto (4,371%)

entretanto, os mercados continuam a dar sinais de nervosismo para com portugal e irlanda. de acordo com o diário económico, o agravamento do risco de portugal surge apesar de o país ter conseguido colocar no mercado 1.242 milhões de euros em obrigações do tesouro a 10 e a 6 anos. isto porque os juros das obrigações do tesouro nacionais com maturidade a 2020 avançavam até aos 7,106%

para acalmar os mercados, o ministro da economia, vieira da silva, garantiu ontem aos deputados que "não há um número mágico a partir do qual signifique a intervenção de organismos internacionais"

também o presidente da república se pronunciou sobre o assunto, dizendo que espera que não seja necessário recorrer ao fmi

o chefe de estado recusou a existencia de qualquer "retórica de ataque aos mercados internacionais", considerando que é um "erro" que prejudica a economia portuguesa, visto que não cria empregos. "nós devemos fazer o trabalho que nos compete de forma a reduzir a nossa dependência do financiamento externo sempre com uma grande preocupação de distribuir com justiça os sacrifícios que são pedidos aos portugueses", frisou

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