Foi chumbado um projeto previsto para Portimão que previa a criação de 400 postos de trabalho e a construção de três hotéis, não tendo passado no crivo do ambiente. Um dos promotores do projeto é uma empresa de Pais do Amaral, que inclui outros participantes nacionais e internacionais.
A comissão de avaliação ao impacte ambiental do projeto previsto para a freguesia de Alvor, em Portimão, proposto por duas sociedades portuguesas de promoção imobiliária e uma espanhola de hotelaria, não teve luz verde, escreve o Jornal de Negócios, adiantando que os promotores – incluem a Top Building, à qual Pais do Amaral está ligado, a Astronow, que tem como sócio uma empresa espanhola de hotelaria, a Areia Feliz e a Estoril Investe – estão agora a avaliar a situação.
O “chumbo ambiental” foi dado depois de uma consulta pública que decorreu até 15 de março. “Atendendo a que os impactes negativos identificados são nalguns fatores muito significativos, não minimizáveis e impeditivos ao desenvolvimento do projeto, a comissão de avaliação propõe a emissão de parecer desfavorável ao ‘projeto da operação de loteamento da UP3 de hotelaria tradicional de Portimão’", lê-se no parecer da comissão de avaliação.
Promotores "esqueceram-se" da envolvente
Uma das críticas ao estudo de impacte ambiental apresentado pelos promotores é que “não foi feita uma avaliação, ainda que elementar, dos efeitos cumulativos com os empreendimentos envolventes”. Mas foram apontados outros efeitos que acabaram por ser considerados nefastos ao nível ambiental, por isso, diz a comissão de avaliação, “independentemente das medidas propostas no EIA (estudo de impacte ambiental) para a mitigação, prevenção e compensação dos impactes identificados, nomeadamente no que se refere à biodiversidade e à paisagem, o projeto da operação de loteamento em apreciação não reúne condições para ser viabilizado”.
O estudo de impacte ambiental apresentado pelos promotores não antecipava problemas impeditivos da concretização do projeto para um empreendimento que compreendia três hotéis com um total de 411 quartos. O plano de urbanização apresentado previa que os hotéis tivessem uma área máxima de implantação de 11.501 metros quadrados (m2), sendo a área total dos lotes de 211.642 m2. A área total do plano era, por sua vez, de 460.624 m2, pelo que os promotores realçavam que a componente hoteleira iria ocupar 2,5% da área total, sendo ocupado por construção 6,2%, escreve a publicação.
Para poder comentar deves entrar na tua conta