Vai nascer em Lisboa e Oeiras, junto ao rio Tejo, o Ocean Campus, um espaço de inovação e empreendedorismo que junta, na área de jurisdição do Porto de Lisboa, um cluster de atividades ligadas à ciência, tecnologia, economia e inovação. O projeto foi conhecido na reta final de 2021 e prevê a requalificação de um total de 64 hectares, sendo que sairá do papel após um investimento total de 300 milhões de euros, maioritariamente privado, para a criação de espaços multifuncionais e ambientalmente sustentáveis, unidades de ensino, e o desenvolvimento tecnológico, inovação e investigação.
O Ocean Campus, que será construído na Doca de Pedrouços, nasce após a celebração de contratos de concessão entre o Porto de Lisboa e as fundações Champalimaud e Calouste Gulbenkian, que ali vão instalar os seus centros de investigação.
“Será neste campus que a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) criará o Centro de Investigação dos Efeitos das Alterações Ambientais na Saúde Humana e nos Ecossistemas e que a Fundação Champalimaud (FC) criará o Centro Avançado para o Desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA)”, lê-se no site da FC.
Segundo a mesma fonte, “o espaço da concessão da FCG vai realocar algumas atividades do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e no novo centro serão estudados, por exemplo, os fatores que controlam a nossa relação com os micróbios ao longo do tempo – sejam bactérias boas que vivem dentro de nós ou organismos infeciosos como os vírus – utilizando tecnologias experimentais avançadas, além de abordagens quantitativas, digitais e teóricas inovadoras”.
“O espaço da concessão da FC destina-se à criação de um Centro dedicado à IA, juntamente com uma Incubadora Científica, que inclui uma central de computação e armazenamento de dados, laboratórios experimentais, instalações para desenvolvimento de hardware, espaços para cursos avançados de formação, áreas para startups e zonas para parcerias comerciais, de serviços ou industriais”, explica a FC.
“Um projeto único a nível europeu”
Entretanto, e segundo é possível ler no site da FCG, o Ocean Campus permitirá à fundação, através do Instituto Gulbenkian de Ciência, criar um novo polo científico de investigação focado na forma como os seres humanos estão a ser afetados pelas alterações no meio ambiente em permanente mudança.
“Queremos ter em Portugal um centro de investigação que nos permita compreender de que forma o nosso organismo se relaciona com o Ambiente e como as alterações ambientais estão a condicionar e a ameaçar a saúde de cada ser humano. O novo centro de investigação, do Instituto Gulbenkian de Ciência, será um projeto único a nível europeu”, afirma Isabel Mota, presidente da FCG.
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