De Matosinhos para o mundo. A marca de Álvaro Siza Vieira, de 88 anos, na arquitetura está presente em vários projetos a nível nacional e além-fronteiras. É o caso, por exemplo, do “seu” arranha-céus que vai nascer em Nova Iorque (EUA), que terá 15 metros de profundidade, 137 metros de altura e 35 pisos. Com os preços das casas em alta, e numa altura em que a subida das taxas de juro e o encarecimento do custo de vida, por causa da inflação, parece ter vindo para ficar, muito se tem falado em cooperativas de construção e habitação, em habitação acessível e em habitação social. Sobre este tema, Siza Vieira é perentório: “Acredito na habitação social com qualidade para todos”.
A afirmação do conceituado arquiteto - o primeiro português a receber um Prémio Pritzker [em 1992], considerado o Nobel da arquitetura - foi feita numa entrevista/conversa que pode ser ouvida no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas“ (do Expresso), com Bernardo Mendonça.
Ao longo da entrevista em podcast, gravada no seu atelier, no Porto, Siza Vieira faz um balanço do seu percurso, criticando, pelo meio, o “estado de agonia” em que se encontra a sua profissão. “O arquiteto é considerado um luxo inútil, incómodo e caro”, comenta. “Acha-se que um arquiteto só serve para o capricho de quem tem dinheiro”, acrescenta.
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