Mais de três anos depois, a maioria das povoações do programa "Aldeia Segura" ainda não tem um plano de evacuação para incêndios.
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programa Aldeia Segura
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Das mais de duas mil aldeias abrangidas pelo programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, criado depois dos incêndios de 2017 – que causaram várias mortes –, apenas 858 têm um plano de evacuação para incêndios. O objetivo do mecanismo é proteger as populações que vivem em pequenos aglomerados rurais, e por isso mais expostas aos perigos dos fogos florestais.

Dados da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), citados pelo Jornal de Notícias, que avança a notícia, revelam que há 2.233 aglomerados rurais abrigados por medidas de proteção contra incêndios, mas só 858 deles têm plano de evacuação. O objetivo do programa, contudo, é chegar às 7 mil adeias até 2030.

O programa foi criado em outubro 2017, depois dos graves incêndios que assolaram o país nesse ano, nomeadamente os fogos em Pedrógão Grande. Recorde-se que este incêndio que deflagrou a 7 de junho de 2017, e que alastrou a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e mais de 250 feridos, sete dos quais graves, e destruiu meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.

Em 2020, um estudo do Observatório Técnico Independente já dava conta que distribuição estava “longe de ser a ideal” e que os critérios de seleção não seriam “os mais adequados”.

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