Carismática e irreverente. Uma mulher livre e simples, mas sofisticada. Uma criativa e contadora de histórias. Uma força da natureza, apaixonada pela vida e pela arte. Quem espera sempre alcança, mas nunca quis esperar e pôs mãos ao trabalho desde cedo. Sabia o que queria, projetou-se no futuro e foi caminhando sem olhar para trás. É umas designers de interiores mais prestigiadas do mundo e é portuguesa: chama-se Nini Andrade Silva. Ou simplesmente, “Garouta do Calhau”. Neste Dia Internacional da Mulher, e sempre com um sorriso no rosto, Nini partilha com o idealista/news o que é que ainda a faz sonhar.
Sempre soube o que queria ser. E hoje é, sobretudo, uma artista. O espírito aventureiro corre-lhe nas veias e abriu-lhe muitas portas. E ainda que tenha viajado o mundo e vivido em muitos lugares, o seu coração volta sempre à Ilha da Madeira, onde nasceu e cresceu. Um lugar que continua a ser colo, onde tem a sua casa e amigos de infância. Ser uma cidadã do mundo permitiu-lhe conhecer muitas pessoas e, garante, ter muito respeito pelos outros.
É uma curiosa, preocupada em ir à raízes históricas e culturais dos países com quem trabalha para criar. Assinou projetos em Portugal, Inglaterra, EUA, Brasil, Angola, Japão, Singapura, Malásia ou Colômbia. A carreira na área da arquitetura e design de interiores valeu-lhe muitos prémios e distinções, mas é nas coisas simples da vida que encontra inspiração. Ser mulher nunca foi uma barreira, porque nasceu numa casa sem diferenças. Sente que veio à frente do seu tempo e a teimosia deu-lhe a força que precisava para dar os passos que deu sem hesitar.
Parar está fora de questão até porque vive “completamente no presente”. Gosta de trabalhar, de criar, de aproveitar cada minuto. Não precisa de ser lembrada, mas gostava muito que o trabalho que começou continuasse. Para Nini Andrade Silva é impossível viver na casa do amanhã. Ainda há muito para fazer hoje.

É uma das designers mais prestigiadas no mundo e uma embaixadora de Portugal. Depois de 35 anos de carreira, quem é que é hoje em dia a Nini Andrade Silva?
A mesma. É engraçado, eu acho que sou sempre a mesma. Eu de criança eu tinha um objetivo, um caminho a seguir, e eu acho que me projetei um pouco no futuro e fui caminhando. Na realidade, sou a pessoa que queria ter sido. Portanto, posso dizer que simplesmente consegui ser o que eu queria ter sido. É isso.
Acha que o feminino lhe permitiu fazer diferente no design?
Vivemos num país livre, e essa é uma grande vantagem. Relativamente ao feminino, talvez tenha tido algumas vantagens porque as pessoas eram sempre muito delicadas para mim. Eu sou das poucas mulheres, porque praticamente só há homens na minha profissão. Hoje em dia já há muitas mais, mas na altura não eram assim tantas. E quando vamos a obras e tudo mais, eram mais homens. Hoje em dia há muitas engenheiras, há muitas arquitetas. Na altura não. E as pessoas sempre foram muito delicadas para mim. A verdade é essa.
A Nini já viveu em muitos países e com certeza já visitou outros tantos. Mas numa entrevista há uns anos, disse que a Madeira continua a ser o seu colo. Realmente é o sítio onde se sente em casa?
Foi o sítio onde eu nasci. Foi o sítio onde vivi mais tempo seguido. Já vivi em muitos lados do mundo, mas ali é o sítio onde tenho a minha casa, os meus amigos de criança. As minhas referências estão na Madeira. Portanto, é isso. O mundo é a minha casa, na realidade, mas o meu coração está na Madeira.
O mundo é a minha casa, na realidade, mas o meu coração está na Madeira.
Já disse muitas vezes que se sente uma cidadã do mundo. O que é que foi bebendo desse mundo e de percorrer tantas diferentes culturas e estar em contacto com diferentes pessoas?
Foi fantástico. Foi tornar-me cada vez mais simples. Tive a hipótese de viajar o mundo, ir à Ásia, a África e América, Europa e ir muitas vezes, não foi só ir uma vez, eu ía muitas vezes e ainda continuo a ir. E o facto de conhecer muitas maneiras de pensar diferentes, isso para mim só me enriqueceu, foi fantástico, fez de mim uma pessoa muito simples e com muito respeito pelos outros. De facto, parece que somos muito parecidos, mas pensamos de maneiras diferentes e isso foi muito bom porque fez com que eu aprendesse a respeitar as pessoas que pensam diferente de mim. E isso é muito importante.

Costuma dizer que faz um design que nasce de dentro para fora. Onde é que procura inspiração? E o que é que depois de tanto tempo a continua a inspirar?
Quando um cliente traz um trabalho, no primeiro dia fala connosco e eu oiço o que tem para contar. Às vezes, até oiço coisas que não têm nada a ver com o trabalho, que é para perceber quem é o cliente na realidade. E depois vou andando e costumam chamar-me de ‘last minute girl’, porque é mesmo à última da hora que me vem a inspiração. Eu vou sempre colhendo, como se fosse com um cesto, e vou colhendo aqui e colhendo ali. E chego a uma altura que é ‘está na hora de fazer e tenho de fazer’. E aí vem-me a inspiração toda. A maior parte das vezes é à noite. Tenho sempre um caderno junto à cama - ainda sou das que desenho e que tenho um caderno para escrever coisas - e muitas vezes essa hora é quando me vem a inspiração. Às vezes estamos no atelier e já temos o trabalho quase pronto. E à noite eu penso não, não, aquilo não vai funcionar, tenho de ter outra ideia.
Eu penso muito quando estou só. Penso em grupo, aliás, e o meu atelier é um trabalho de grupo, nós temos vários arquitetos, designers, engenheiros e é um trabalho de grupo de muitas pessoas. Há ideias de muitas pessoas, mas o final e o princípio vêm sempre parar a mim. E cada vez mais eu estou a fazer com que isso passe para as outras pessoas, porque de facto este foi um trabalho de muitos anos e eu quero que continue. Criámos uma marca e, por isso, cada vez mais dentro do atelier as pessoas têm mais liberdade para criar as coisas delas também.
Todos os trabalhos passam por mim, mas eu tenho pessoas que estão há muitos anos comigo e, portanto, há muitas pessoas que pensam como eu penso e essas pessoas já passam para outras pessoas. Portanto, é mesmo uma família. O atelier Nini Andrade Silva é uma família.
Foi assim que nasceu aquilo que apelida de ‘ninimalismo’. Como descreveria o seu estilo?
Quando me começaram a chamar ‘ninimalista’ diziam que era um minimalismo com alma. E talvez seja isso. Eu sou uma pessoa que gosta do silêncio, do que se vê no ar, do que não se vê. Eu costumo dizer, não é o que se vê, mas é o que se sente que é importante nos sítios. E as pessoas chegam a um sítio e dizem assim ‘Nini estive num sítio que de certeza foste tu que fizeste’. Porque as pessoas sentem isso e eu acho que é isso. Não é tanto o que se vê, mas o conjunto das coisas que dão essa ideia do ‘ninimalismo’.

É uma contadora de histórias. No fundo, os seus projetos contam uma história. Há algum mais especial que a tenha marcado ao longo dos anos?
São tantas. O facto de ter equipas é muito importante para mim. Porque quando estou no atelier, estamos a desenhar, estamos a criar. Depois começa a obra. Quando começa a obra, é outro género de pessoas que vêm e são os construtores, os pedreiros, os carpinteiros e aí já é outro género. E depois vêm os móveis, vêm os tecidos, vêm as jarras, as flores. São muitas etapas, porque nós começamos tudo desde o princípio na arquitetura. E então é muito interessante, porque é um passar por pessoas muito diferentes umas das outras e cada uma com a sua grandeza. Isto para mim é que é mesmo o importante. Costuma-se dizer que o caminho faz-se caminhando, não é? E é isso mesmo. É o caminho até ao final da obra, que para mim é muito importante. Tenho tantas histórias bonitas de obras, de coisas que acontecem e de viagens...
E então é muito interessante, porque é um passar por pessoas muito diferentes umas das outras e cada uma com a sua grandeza. Isto para mim é que é mesmo o importante.
Eu lembro-me que uma vez estava na Ásia - e lembro-me sempre da Ásia, porque é muito especial e comprava muitas coisas lá, em Chiang Mai, no norte da Tailândia – e conheci alguém que se tornou um amigo. Quando cheguei lá, há 30 anos, ele tinha uma loja que tinha um chão de terra e uma corda. Hoje em dia é o maior colecionador de antiguidades da Ásia. Uma pessoa muito grande, que continua a ser muito simples. Nessa altura eu andava sempre muito sozinha na Ásia, desde Filipinas, China, Malásia. E um dia estava tão cansada, já não aguentava mais. E ele perguntou ‘O que é que tu tens?’, e eu disse-lhe não aguentava mais. E ele disse algo como: ‘Não, não, isso não é verdade. Tu aguentas sempre. Tu és uma máquina’.

Recuperando a ideia do feminino. No próximo dia 8 de março celebra se o Dia da Mulher. Como é que é ser mulher e fazer carreira pelo mundo? Ser mulher abriu-lhe mais ou menos portas? Quais foram os grandes desafios?
Eu costumo dizer que eu nasci numa casa em que não havia diferença entre homem e mulher, por isso nunca tive isso na minha cabeça. É claro que fui a alguns países que eram mais difíceis e aí foi mais difícil. As pessoas eram delicadas, tinham maneiras diferentes de falar. No princípio, devido à minha educação, eu achava que não era a melhor maneira, mas depois compreendi que dentro da educação deles, era o máximo que eles estavam a fazer por mim. Portanto, eu sempre fui respeitada nos sítios, nunca tive problemas com isso.
Percebeu, desde cedo, que estava um bocadinho à frente da sua época? Se recuarmos alguns anos, era tudo muito diferente...
Eu acho que vim à frente do meu tempo e talvez isso tenha sido uma vantagem, porque pude fazer coisas diferentes. A minha maneira de criar era muito diferente das outras pessoas. Eu lembro-me de no princípio, quando comecei a trabalhar, que havia pessoas que criticavam muito. E essas pessoas hoje em dia até me dão parabéns pelas coisas que nós fazemos. Eu sempre fui muito teimosa, tinha a minha maneira de ser.
Sempre fui simples. Nunca tentei ser quem não sou, portanto sempre fui igual a mim mesma.
Vivemos no tempo das redes sociais e do digital. Sente que desempenha, de alguma forma, algum papel de influenciadora nas novas gerações?
Um dia conheci uma jovem designer, que parou à minha frente, e estava assim com um ar muito aflito, e até pensei que lhe estava a acontecer alguma coisa de saúde. Perguntei se podia ajudar e respondeu-me que ficou muito nervosa de pensar que estava ali à minha frente. A realidade é que eu sou uma pessoa normal. A nível de design vejo que as escolas e universidades estudam a minha carreira. Eu tenho pessoas que dizem Nini, nós estudamos a sua carreira na universidade, fizemos um trabalho sobre a sua carreira. É interessante, por exemplo, que hoje em dia um livro do 12.º ano fala sobre mim e da minha história. Nem sabia que isso estava a acontecer. Mas sinto que de facto fiz alguma coisa de diferente, senão isso não aconteceria.

Sendo muito famosa, causa impacto nas pessoas. O que é faz a diferença? Será a sua simplicidade?
Sempre fui simples. Nunca tentei ser quem não sou, portanto sempre fui igual a mim mesma. Até de criança pus o meu nome - porque sou Isabel - e a primeira palavra que disse foi Nini e ficou. A minha mãe costumava dizer 'até o nome teve de pôr'. E por isso eu acho que sou igual a mim mesma. Talvez por isso seja diferente. É há pessoas que gostam de ser outras pessoas - estão no direito delas também -, mas se quiserem fazer carreira, se quiserem ter algum sucesso, tem de ser igual a si mesmas e raciocinar sobre o que estão a fazer. Não é só fazer por fazer. Eu tinha um projeto de vida e fui seguindo o meu projeto de vida. Não fui só fazendo por acaso. Fui fazendo o meu caminho e acho que foi por isso que cheguei até aqui. E tenho uma grande equipa que está comigo, ao meu lado, que está comigo há muitos anos. Tenho outros jovens que entram, outros que saem, que vão montando os seus ateliers. Eu fico feliz quando alguém está comigo e vai para outro atelier, porque aprendeu comigo e foi fazer o seu próprio caminho.
É uma escola?
Eu acho que sim. Aliás, eu tive a ideia de fazer uma escola e ainda não desisti da ideia. Teve uma altura que estive a pensar mais sobre isso. Agora não, porque estou com muito trabalho, mas vou voltar a isso porque eu acho que é uma escola. Eu faço muitas palestras pelo mundo e normalmente o que eu falo é sempre sobre como desenhar a vida. Não é só para mim, não é só para designers, mas serve para outras pessoas, que às vezes há pessoas que não tem tanta certeza em si e eu tinha a certeza em mim. E há pessoas que não têm. E eu falo também para essas pessoas.
Sempre teve muita confiança?
Acho que na minha casa ensinaram-me isso. Ensinaram-me a ter confiança e quando nós fazíamos as coisas, explicavam. Não era só não se faz. Era não se faz por causa disto, porque não é correto. E explicavam-me as coisas. E eu até muitas vezes dizia, ‘mas eu acho que devia ser daquela maneira’, e os meus pais davam-me razão. Portanto, havia sempre uma conversa em casa. Não era um castigo, era uma conversa. E isso é muito importante. Eu acho que as casas, as raízes, é que fazem as pessoas, é que aguentam as pessoas. E eu, felizmente, tive uma casa fantástica.
Acho que na minha casa ensinaram-me isso. Ensinaram-me a ter confiança
Foi galardoada com o Femina em 2022 na categoria de empreendedorismo e humanitarismo. É também isso que a distingue. O que é que significa este reconhecimento?
Eu se não tivesse sido designer, eu gostava de ser qualquer coisa ligada à ajuda humanitária. Na realidade estou ligada à 'Garouta do Calhau', que é uma das associações que temos na Madeira. E isso para mim é muito importante. E uma das razões por que eu também queria ter algum sucesso na vida, é porque a seguir também podia conhecer outras pessoas que pudessem ajudar. E isso é muito bom. Quando me deram esse prémio eu fiquei feliz porque eu pensei ‘afinal também consegui’. Sem ser só o meu lado designer, também consegui o meu lado humanitário. E isso foi um reconhecimento não só para mim, mas para todas as pessoas que estão comigo.

Depois de uma vida cheia de reconhecimento e de tantos prémios. O que é que ainda faz sonhar a Nini?
Até partir deste mundo vou sempre sonhar. Para já, eu gosto de ser alegre. Há a canção brasileira que diz que é melhor ser alegre que ser triste. Mas eu gosto de ser uma pessoa alegre. Gosto de dar alegria aos outros. Quando alguém me pergunta Nini, tudo bem? Eu digo ótimo. E as pessoas dizem: ótimo? Quase ninguém responde ótimo. Mas porquê? Eu acho que se tem de passar a alegria para os outros, quando se consegue. E obviamente que há quem tenha mais dificuldades.
Mas temos de pelo menos tentar ter esse papel na vida de dar alguma alegria a quem não tem. Eu pelo menos quero ter esse papel e por isso, para mim, criar é alegria. Eu vim ao mundo para criar. Só quero desistir na altura em que não consiga mais. Portanto, eu quero trabalhar até à hora de partir.
A reforma está completamente fora de questão. Para mim estar a trabalhar consegue ser mais interessante do que estar num café ou estar na praia. Eu adoro trabalhar, eu adoro criar.
Conseguiu criar um trabalho onde é feliz. Há pessoas que têm trabalhos onde não são felizes.
Eu sou feliz no meu trabalho. E eu costumo dizer aos jovens que têm de pensar muito bem quando vão tirar os cursos. Quando alguém me pergunta, ‘o que é que acha que eu devo tirar’?, eu digo sempre: feche os olhos e imagine-se a trabalhar. Têm de tirar um curso ou fazer algo que lhes dê alegria na vida. Porque há pessoas que vão tirar um curso e depois ficam o dia inteiro dentro de um quarto e não é isso que eles querem. Querem andar na rua. Então têm de tirar outro curso. As pessoas têm de pensar bem: o que é que eu vou fazer com o meu curso? E depois? Nota-se quando as pessoas são felizes nos seus empregos.
Eu acho que as pessoas quando são felizes naquilo que fazem não estão sempre nem a olhar para o relógio, nem a desejar ter férias. Porque quando as férias vêm, elas são boas, mas também é bom o chegar até lá. Eu costumo dizer nunca tenho pressa nos meus dias. Eu vivo no presente.
Eu tinha um arquiteto japonês que trabalhava aqui connosco que dizia na Europa não se vive muito no presente. Eu vivo no presente, eu vivo completamente no presente, pensando no futuro.
Por que é que acha que ele dizia isso?
Ele achava sempre que as pessoas diziam muito amanhã vou fazer isto ou daqui a um mês vou fazer não sei o quê. E ele trabalhava muito no presente e ele dizia: ‘Mas vocês façam o presente e depois logo se vê o resto que vem’. As pessoas, muitas vezes, dizem que estão a desejar que chegue o Natal ou a desejar que chegue o verão, mas daqui até ao verão ainda há muito tempo que se pode fazer muita coisa. É bom que o verão vá chegar, mas é bom que seja bom daqui até ao verão.

Aproveitar cada minuto?
Cada minuto. E eu costumo dizer que tiro o melhor do pior. E cada minuto é importante. E temos de pensar por que é coisas menos positivas aconteceram e tirar o melhor partido delas. Quando as pessoas criticam o nosso trabalho, eu normalmente tento tirar o melhor dessa crítica, porque há muitas coisas que eu aprendo com as críticas dos outros e eu gosto quando me criticam. Não tenho problema nenhum em ser criticada, desde que seja criticada com um valor que acrescenta. Isso para mim é ótimo.
E temos de pensar por que é coisas menos positivas aconteceram e tirar o melhor partido delas.
Que marca é que a Nini quer deixar no mundo?
Eu não preciso de ser lembrada. Eu preciso é que o trabalho que comecei continue. Foram anos e anos de muito trabalho, até à exaustão - é por isso que eu conheço vários hospitais do mundo. E não, não tinha limite. Quero que o trabalho continue e as pessoas não precisam de seguir o meu estilo. É como subir uma escada: o primeiro degrau é de uma maneira e no segundo degrau já se vê outra vista. No décimo degrau, a vista é completamente diferente. Importa que sigam uma linha e que façam bem-feito. É isso que eu quero, que as pessoas aproveitem o trabalho que eu fiz até agora.
É impossível viver na casa do amanhã. Porque as pessoas têm maneiras de viver diferentes, gostam de coisas diferentes e por isso vão fazer de certeza diferente do que eu faço. E isso para mim é uma alegria muito grande, pensar que dei os primeiros passos e que a seguir vêm outras pessoas atrás para continuar o caminho, porque de facto isto foi uma grande caminhada e não gostava que ficasse por aqui. Gostava que a marca Nini Andrade Silva continuasse. Gostava. Mas também, se não continuar, digo lhe foi um prazer ter feito isto. Foi um grande prazer.

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