
O projeto Cidade do Padel, que prevê a construção de 17 campos da modalidade e infraestruturas de apoio num terreno cedido pela câmara de Oeiras à Federação Portuguesa de Padel, em Linda-a-Velha, está a ser contestado pelos moradores.
Um grupo de residentes que vive perto do local argumenta que o terreno foi adquirido pela autarquia para construir uma creche ou um centro desportivo juvenil, como está previsto no Plano de Pormenor do Alto de Santa Catarina, segundo escreve o Público. No entanto, em declarações à publicação, a autarquia garante que a Cidade do Padel “não entra em conflito” com o que está definido no plano de pormenor.
No referido plano, publicado em DR em 1992, e que ainda está em vigor, o “Lote 100”, como é designado, servirá para a “construção de instalações destinadas a creche, jardim infantil e centro desportivo juvenil” – sendo esta última categoria a utilizada pela autarquia para classificar o uso do futuro complexo.
O projeto de arquitetura foi aprovado em maio, sendo que a apresentação pública do mesmo acontecerá na próxima sexta-feira, dia 6 de setembro, às 18h00.

Cristiano Ronaldo e Filipe de Botton investem no projeto
No processo de candidaturas aberto para a construção da Cidade do Padel, em 2023, a Federação Portuguesa de Padel referia que o projeto seria o “embrião do treino, estágios e formação das selecções nacionais, treinadores e árbitros”, com condições para se realizarem “campeonatos internacionais, como provas dos circuitos profissionais ou mundiais e europeus, bem como os campeonatos nacionais”.
Em setembro do mesmo ano, foi anunciado que a empresa de Cristiano Ronaldo (CR7) e da Lusofinança, de Filipe de Botton, venceu a candidatura para construir o complexo.
A dimensão do projeto está a assustar os moradores, tanto que muitos deles assinaram abaixo-assinados contra o complexo. Além da questão do uso, outra preocupação manifestada pelos residentes prende-se com questões ligadas ao ruído e trânsito que a Cidade do Padel poderá provocar.
“O espaço era para ter sido usado para fins sociais e públicos, como uma creche e um parque para desporto juvenil, mas será transformado num negócio desportivo e explorado por uma empresa privada”, refere Rui Inácio, que faz parte do grupo de moradores, citado pelo Público. Uma visão partilhada pela associação Vamos Salvar o Jamor, que também está contra projeto.
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