Está lançada a primeira “pedra” da empreitada de construção do Hospital Lisboa Oriental (HLO). A obras arrancam esta segunda-feira, 7 de outubro de 2024, num investimento que deverá rondar 380 milhões de euros.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no último debate quinzenal no Parlamento. Esta nova unidade hospitalar, recorde-se, vai substituir seis unidades do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), que agrega o Hospital São José, Hospital de Santa Marta, Hospital de Santo António dos Capuchos, Hospital D. Estefânia, Maternidade Dr. Alfredo da Costa e Hospital Curry Cabral.
Além de todas as especialidades clínicas disponíveis nas atuais seis unidades do CHLC, o HLO vai incluir ainda as especialidades de Reumatologia, Medicina Nuclear e de Radioncologia e manter uma ligação reforçada à Faculdade com forte componente de ensino e investigação.
A nova unidade hospitalar – vai operar num regime de Parceria Público-Privada (PPP) - será construída numa área total de 180 mil metros quadrados (m2) na zona de Marvila, com uma capacidade inicial de 879 camas, que poderá ser aumentada para 1065 em situações de contingência.
O projeto para a construção do novo hospital, a cargo da Mota-Engil, está orçamentado em 380 milhões, com um financiamento de até 100 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para ser executado até ao final de 2026. O Banco Europeu de Investimento (BEI) também irá avançar com um financiamento em 107 milhões - e que pode ascender a um máximo de 190 milhões.
Recentemente, o Governo anunciou a compra de mais terreno para avançar com a construção do Hospital de Lisboa Oriental, autorizando o Estado a comprar ao município de Lisboa, por 4,78 milhões de euros, cinco parcelas de terreno, situados nas Rua Eng.º Ferreira Dia e Avenida Dr. Augusto Castro, com uma área total de 28 mil metros quadrados (m2).
No despacho em causa, o primeiro-ministro salientou que “o Hospital de Lisboa Oriental vai traduzir-se num importante marco para a história da saúde pública em Portugal, projeto que tem várias décadas e que importa agora concretizar”.
Novo hospital de Lisboa vai ser “conquista assinalável” para os utentes
A ministra da Saúde defendeu hoje que o novo Hospital de Todos-os-Santos será uma “conquista assinalável” para os utentes, permitindo ainda à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa passar a dispor de um hospital-âncora.
“Os ganhos são de tal dimensão que ninguém consegue entender como só agora é possível concretizar este hospital”, afirmou Ana Paula Martins, ao adiantar que a nova unidade permitirá ainda, passados quase 50 anos, à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa “ter um hospital âncora”.
“Um facto estratégico pela qual esta escola médica sempre lutou e pelo qual também aqui hoje reafirmo o imperativo desta relação entre hospital e escola médica”, salientou a ministra.
Segundo Ana Paula Martins, a relação do novo hospital com a academia e com outras instituições de ensino nacionais e internacionais permitirá ainda desenvolver “um processo de crescimento colaborativo” que lhe permitirá se posicionar entre os “melhores e mais modernos da Europa e do Mundo”.
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