
Em 2024, foram criadas quase 51 mil novas empresas em Portugal, destacando-se o setor da construção e atividades imobiliárias como os principais impulsionadores desta tendência positiva. O setor da construção liderou com um crescimento de 7,1%, contabilizando 409 novas constituições de empresas. As atividades imobiliárias continuaram na rota do crescimento, com um aumento de 1,2%, representando 62 novas empresas.
Segundo dados provisórios do Barómetro da Informa D&B, no ano passado nasceram 50.705 novas empresas, um registo que “confirma o elevado empreendedorismo no período a seguir à pandemia”. “É o segundo mais alto de sempre, ficando 2,6% atrás (-1 367 constituições de empresas) do ano de 2023”, lê-se no comunicado enviado às redações.
A descida das constituições ocorreu em mais de metade dos setores de atividade, mas foi sobretudo marcada pela “queda muito significativa no setor dos Transportes (-22%; -1 324 constituições), e em especial no Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros (-28%; -1 370 constituições)”. “Esta atividade, que tinha registado grandes aumentos nos últimos anos, tem em 2024 uma queda equivalente à descida das constituições no conjunto de todos os setores”, salienta a Informa D&B.

Por outro lado, o relatório destaca os setores da construção, serviços empresariais e serviços gerais, que registaram um crescimento na criação de empresas pelo 4º ano consecutivo.
Os distritos de Aveiro (+8,1%; +194 constituições de empresas), Funchal (+13%; +189 constituições de empresas) e Viana do Castelo (+19%; +172 constituições de empresas), são aqueles onde o número de constituições de empresas mais aumentou face ao ano anterior. Pelo contrário, os grandes centros urbanos de Lisboa (-9,3%; -1 628 constituições de empresas) e Porto (-2,5%; -218 constituições de empresas), foram os que registaram a maior queda no número de constituições de empresas no ano, uma queda que está associada sobretudo do setor dos Transportes.
Insolvências aumentam 8,2%
As insolvências aumentaram pelo segundo ano consecutivo. Em 2024 registaram-se 2.080 empresas com novos processos de insolvência, o que corresponde a um aumento de 8,2% face a 2023 (+157 empresas com processos de insolvência).
A subida deste indicador verificou-se na maioria dos setores de atividade. O setor das indústrias é o que apresenta maior número de empresas com novos processos de insolvência e foi também o que registou maior crescimento neste indicador em 2024 (+25%; +116 empresas com processos de insolvência), um crescimento que representa mais de metade do aumento total do ano.
Estas subidas são mais concentradas no subsetor de Têxteis e Moda, em especial na região Norte, mais concretamente nos concelhos de Oliveira de Azeméis, Guimarães e Lousada.
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