Quais nações conseguiriam manter a sua população alimentada e protegida num cenário de colapso global?
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Austrália
Kay Adams, CC BY 2.0 Flickr

O cenário geopolítico atual tem sido marcado por crescentes tensões e instabilidades, levantando preocupações sobre a possibilidade de um conflito global de grande escala. Neste contexto, um estudo recente publicado na revista científica Risk Analysis ganhou destaque ao analisar quais seriam os países mais seguros do mundo em caso de guerra. Embora um conflito global possa impactar grande parte do mundo, algumas nações possuem maiores chances de resistência devido à sua localização geográfica, estabilidade económica e políticas estratégicas.

Países mais seguros do mundo: os critérios

Nova Zelândia
Michal Klajban, CC BY-SA 4.0 Creative commons

A revista Risk Analysis utilizou uma abordagem abrangente para identificar os países mais seguros em caso de uma guerra nuclear, avaliando 38 nações insulares com base em critérios como produção alimentar, autossuficiência energética, capacidade industrial e vulnerabilidade a desastres climáticos. 

Países como a Austrália destacam-se pela sua significativa produção de trigo, baixa densidade populacional e localização afastada dos principais centros de conflito nuclear, além de possuírem uma infraestrutura robusta e sistemas de saúde eficientes. Por outro lado, a Nova Zelândia sobressai devido aos seus abundantes recursos naturais e autonomia agrícola, beneficiando-se do seu isolamento no Pacífico Sul e da sua histórica neutralidade.

Quais são os países mais seguros em caso de guerra?

Islândia
Andreas Tille, CC BY-SA 3.0 Creative commons

De acordo com o estudo publicado na revista Risk Analysis, alguns países destacam-se como potencialmente mais seguros em caso de uma Terceira Guerra Mundial. Esta análise baseia-se em diversos fatores que contribuem para a resiliência e segurança de uma nação durante um conflito global. No entanto, Portugal não faz parte dessa lista, tal como outros países da Europa. Eis os que saltaram à vista:

  • Austrália: destaca-se pela sua significativa produção de trigo, baixa densidade populacional e localização afastada dos principais centros de conflito nuclear, além de possuir uma infraestrutura robusta e sistemas de saúde eficientes.
  • Nova Zelândia: sobressai devido aos seus abundantes recursos naturais e autonomia agrícola, beneficiando-se do seu isolamento no Pacífico Sul e da sua histórica neutralidade. 
  • Islândia: com uma população pequena e isolada no Atlântico Norte, a Islândia possui autossuficiência energética através de fontes geotérmicas e uma sociedade coesa, fatores que contribuem para sua resiliência.
  • Ilhas Salomão: localizadas no Pacífico Sul, estas ilhas possuem recursos naturais abundantes e uma população que depende significativamente da agricultura e pesca locais, o que pode favorecer sua sobrevivência em cenários de isolamento global.
  • Vanuatu: também situado no Pacífico Sul, Vanuatu é composto por várias ilhas que, devido ao seu isolamento e dependência de recursos locais, podem oferecer certa segurança em caso de colapso global.

Na base da lista estão países como Filipinas, Maurícias e Indonésia. Apesar de serem ilhas autossuficientes e potencial para o comércio regional, a instabilidade social e a corrupção podem comprometer sua capacidade de adaptação. A geografia tropical e a abundância de alimentos em tempos normais representam vantagens, mas a ausência de uma economia altamente tecnológica e de um setor industrial forte dificultaria a recuperação em cenários extremos.

Os fatores que contribuem para a segurança

Vanuatu
Simon_sees, CC BY 2.0 Creative commons

A revista Risk Analysis identificou os países mais seguros em caso de uma guerra nuclear ou catástrofe global, avaliando 38 nações insulares com base em 13 fatores que influenciam a sobrevivência pós-apocalíptica. Entre os critérios analisados estão:

  • A produção de alimentos.
  • Autossuficiência energética.
  • Capacidade industrial.
  • Resiliência a desastres climáticos.
  • Capacidade de manter a produção agrícola e energética.

A Austrália, para além de se destacar pela sua enorme capacidade de produção agrícola, o país possui uma infraestrutura robusta, excedente energético e elevados padrões de segurança sanitária. A Nova Zelândia, por sua vez, beneficia de uma política de não proliferação nuclear e de uma resiliência climática que permite à sua produção agrícola resistir a quedas significativas de temperatura. Este país seria capaz de alimentar toda a sua população, graças às suas exportações atuais e à eficiência no setor agrícola.

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