Oxford é uma das cidades universitárias mais emblemáticas do mundo, e os seus imponentes edifícios góticos tornaram-se ainda mais famosos graças à saga de Harry Potter. Mas a história da cidade não termina aí: a prestigiada universidade continua a expandir-se, incorporando edifícios contemporâneos que estão a moldar a nova arquitetura de Oxford.
Entre essas novas propostas destaca-se Cooper Bottom, uma casa que parece saída de uma fábula japonesa, com o seu design em estilo origami, cor verde vibrante e uma quantidade impressionante de painéis solares — uma verdadeira "central de energia habitável". É a casa de sonho da rubrica desta semana.
Um design escultórico e sustentável
Cooper Bottom encontra-se no topo da Harcourt Hill, rodeada por campos floridos e com vistas panorâmicas para as torres do centro histórico de Oxford. Foi desenhada pelo atelier Adrian James Architects e distingue-se pela sua forma cúbica e compacta, inspirada no origami japonês, pensada para maximizar a eficiência energética.
A casa é envolvida por uma espécie de "casca" escultural em cobre, que protege a estrutura da exposição solar e minimiza as necessidades energéticas. Esta fachada de cobre foi pré-patinada num tom de verde lima para se fundir com a paisagem envolvente, criando um efeito visual fascinante que muda de tonalidade consoante a luz do sol.
Toda a estrutura foi construída em madeira, com painéis pré-fabricados suportados por um sistema de treliças revestidas por uma “pele” de contraplacado.
O elemento mais impressionante da casa é, sem dúvida, o seu “casulo origami”, inspirado diretamente na arte japonesa. O telhado inclinado estende-se como um capuz protetor, bloqueando os raios solares no verão e permitindo a entrada de luz no inverno.
Na parte superior, duas aberturas em forma de “orelhas” permitem a entrada de ar fresco à noite e a saída do ar quente durante o dia, promovendo uma ventilação natural eficaz.
Ventilação, luz e conforto
No rés-do-chão, uma galeria de pé-direito duplo é o coração da casa, ligando visualmente a sala e a cozinha em open space a um mezanino pensado como espaço de trabalho. A casa tem quatro quartos, um deles com casa de banho privativa, e outro WC adicional. Todos os espaços foram distribuídos estrategicamente para aproveitar ao máximo a luz natural e oferecer vistas deslumbrantes sobre a paisagem envolvente.
O interior aposta num design minimalista e luminoso, com paredes brancas e detalhes em madeira que criam um ambiente acolhedor. A parede em tijolo texturado, situada na zona central de altura dupla, adiciona uma sensação de profundidade e calor ao espaço. No mezanino, uma secretária em carvalho oferece uma vista desafogada para o jardim e para o cenário natural de Oxford.
Eficiência energética em cada detalhe
O design em origami cria reentrâncias profundas para as janelas orientadas a nascente e poente, o que garante maior privacidade, melhora a ventilação cruzada e ajuda no controlo solar. Uma bomba de calor ar-ar reduz o consumo energético na produção de água quente, enquanto o isolamento espesso do telhado e das paredes minimiza as perdas térmicas, elevando ainda mais o desempenho energético da casa.
No topo do telhado estão instalados 37 painéis fotovoltaicos, que geram mais energia do que aquela que a casa consome. Isso torna a Cooper Bottom uma casa de energia positiva: não só opera com emissões de carbono nulas, como compensa ainda a energia usada durante a sua construção.
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