Subida dos custos deve-se ao aumento da despesa com mão de obra, que subiu 7,3% em termos anuais, explica o INE.
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Construção nova
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Em junho de 2025, o custo para construir habitação nova em Portugal aumentou 3,9% face ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor representa uma subida de 0,3 pontos percentuais em relação a maio. A despesa com mão de obra continua em alta e acelerou.

O crescimento dos custos deve-se, sobretudo, ao aumento da despesa com mão de obra, que subiu 7,3% em termos anuais, acelerando 0,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Já os preços dos materiais de construção registaram uma subida mais moderada, de 1,0%, ligeiramente inferior à subida de 1,1% observada em maio.

Na composição do preço de construção de casas novas, o custo com mão de obra teve um peso significativo, contribuindo com 3,4 pontos percentuais para a variação homóloga do índice, enquanto a despesa com materiais de construção contribuiu com 0,5 pontos percentuais.

"Entre os materiais que mais influenciaram positivamente a variação agregada do preço estão os vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 30% e os aparelhos de climatização com uma subida de cerca de 10%. Em sentido oposto, destacaram-se os betumes, as madeiras e derivados de madeira e as tubagens de aço, de ferro fundido e aparelhos para canalizações com reduções a rondar os 10%", acrescenta o instituto, no boletim publicado esta sexta-feira, dia 8 de agosto de 2025.

Em termos mensais, o índice aumentou 0,4% em junho, mais 0,1 pontos percentuais em comparação ao mês anterior. Esta subida deveu-se principalmente ao aumento de 1,2% no custo da mão de obra, enquanto o custo dos materiais teve uma ligeira redução de 0,3%. A contribuição da mão de obra para esta variação mensal foi de 0,6 pontos percentuais, enquanto os materiais registaram uma contribuição negativa de 0,2 pontos percentuais.

Estes dados mostram que, embora os preços dos materiais tenham estado relativamente estáveis ou mesmo em queda para alguns produtos, o aumento da despesa com mão de obra continua a ser o principal motor da subida dos custos de construção de habitação nova em Portugal.

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