A Comissão Europeia vai avançar com a criação de um novo polo europeu de combate a incêndios, destinado a reforçar o atual mecanismo de proteção civil. O anúncio foi feito recentemente pela presidente do Executivo comunitário, Ursula von der Leyen, durante o discurso do Estado da União, em Estrasburgo (França).
Segundo o Jornal de Negócios, o polo ficará sediado em Chipre e surge depois de um dos piores verões de sempre na União Europeia, em que mais de um milhão de hectares arderam – o equivalente a um terço da Bélgica. Von der Leyen sublinhou que esta situação “não é pontual”, mas uma consequência direta das alterações climáticas, que exigem uma resposta mais estruturada e recursos acrescidos à escala europeia.
Ainda de acordo com a publicação, até ao final de agosto foram registados mais de 1.800 incêndios florestais em território europeu, libertando mais de 38 milhões de toneladas de CO2. Itália e Roménia lideraram em número de ocorrências, mas países como Chipre sofreram danos mais severos apesar de menos incêndios, o que reforça a necessidade de coordenação e apoio europeu.
Portugal e Espanha estão entre os países mais afetados, com mais de 260 mil e 400 mil hectares ardidos, respetivamente, desde janeiro. No Parlamento Europeu, Von der Leyen deixou ainda uma homenagem aos bombeiros, pilotos e guardas-florestais que responderam ao apelo europeu, recordando o caso de 20 profissionais gregos que ajudaram a travar, nas Astúrias, o avanço de um incêndio que ameaçava zonas habitacionais.
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UE propõe plano para a habitação e quer combater a pobreza até 2050
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