o comité do património mundial da unesco pediu ao estado português para “abrandar significativamente” a construção da barragem de foz tua até à realização de “um estudo sobre o seu impacto” no alto douro vinhateiro (adv). sublinhe-se que o comité está reunido em são petersburgo, rússia, sendo que o texto final desta decisão só estará disponível no final do encontro, previsto para 6 de julho
de acordo com o jornal sol, que cita a agência lusa, o caso do adv voltará a ser analisado no próximo encontro da unesco, que se realizará no próximo ano. em discussão estava uma proposta que recomendava a suspensão da construção da barragem de foz tua, que se encontra em obras há 15 meses, entre os concelhos de alijó e carrazeda de ansiães
os trabalhos começaram pouco depois de uma passagem pelo douro da icomos, órgão consultivo da unesco, o que fez com que o comité colocasse em causa o comportamento do governo ao longo do processo. segundo a icomos, o impacto da hidroeléctrica sobre o património mundial é “grave” e “irreversível”, pelo que aconselhou a paragem das obras até à visita de uma missão conjunta ao local
opinião contrária tem o governo português. assunção cristas, ministra do ambiente, defendeu que a barragem de foz tua é compatível com a classificação do adv como património da humanidade e afastou a possibilidade de suspender as obras por falta de verbas. “íamos a tempo de parar se tivéssemos no bolso os montantes para pagar as indemnizações necessárias, que são de várias centenas de milhões de euros”, referiu, citada pelo sol
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