mais de 700 famílias portuguesas perderam a casa onde viviam desde o início do ano. em causa está, segundo o correio da manhã (cm), a impossibilidade de pagar ao banco a prestação da habitação. a associação portuguesa para a defesa do consumidor (deco) foi contactada, em janeiro e fevereiro, por 2.000 pessoas a pedir ajuda, sendo que apenas 600 tinham hipótese de renegociar
os processos em causa tiveram início em 2009 e 2010, sendo que só foram executados este ano. a deco considera que a situação deverá piorar nos próximos tempos. "nos primeiros dois meses deste ano abrimos mais cem processos que em igual período do ano passado e todos os dias nos bate à porta mais gente sem capacidade para fazer face às despesas", disse natália nunes, coordenadora do gabinete de apoio ao sobreendividado (gas) da deco, em declarações ao cm
a responsável adiantou que os processos abertos "em janeiro e fevereiro (612) são relativos a pessoas" que podem conseguir, "com grandes sacrifícios, resolver a sua situação". natália nunes adiantou que o gas foi contactado "por mais de 2.000 pessoas" e que “a maioria já estava numa situação de gravidade tal que já não era possível salvar os bens dos credores e, na maioria das vezes, nem a casa"
cenário idêntico ocorreu com a cáritas portuguesa. eugénio da fonseca, presidente da instituição, referiu, citado pelo cm, que a organização nunca se tinha deparado com tanta gente a pedir ajuda no sentido de tentar salvar a casa: "quando as pessoas batem à porta da cáritas já têm vendidos outros bens comprados a crédito, como carro ou mobílias, e pretendem, desesperadamente, salvar a casa"
na opinião de natália nunes, o aumento do desemprego e os cortes na função pública são os principais responsáveis pela situação de ruptura financeira de milhares de famílias. "os casos mais graves verificam-se quando um elemento do casal fica desempregado e sem subsídio", adiantou a coordenadora do gas da deco
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3 Comentários:
isto vai ficar feio.... ou ainda mais feio
ainda mais feio
que tristeza..vai de mal a pior..
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