Casas Reino Unido

Na pequena rua Vicars’ Close, na cidade de Wells, sudoeste de Inglaterra, poderás entrar rapidamente no século XIV. Nos seus escassos 140 metros de comprimento podem encontrar-se ainda moradias e edifícios originais que foram construídos em 1348, mesmo atrás da famosa Catedral de Wells.

Apesar do seu êxito e fama mundial, Charles Chaplin teve uma infância muito complicada e repleta de sofrimento em Londres. Nasceu numa caravana num acampamento cigano e o pai, que era alcoólico, abandonou-o, pelo que foi viver com a mãe numa habitação precária.

“Reza a história” que um dia Robin dos Bosques deu de caras com uns piratas franceses que tinham saqueado uma pequena povoação da costa britânica. Derrotou-os e devolveu todos os despojos aos seus pobres habitantes, que em sua honra decidiram alterar o nome da localidade. Passou de Bay Town a Robin Hood’s Bay.

Foi aqui, nesta casa localizada no número 12 de Picket Post Close, em Bracknell, no Reino Unido, que foram filmadas as cenas do primeiro filme da saga Harry Potter. O imóvel, que no filme “Harry Potter e a Pedra Filosofal” tinha outra morada – número 4 de Privet Drive, no Surrey –, está agora à venda por 475.000 libras (548.000 euros). E mais: o preço inclui o espaço debaixo das escadas onde vivia o herói até ser chamado a frequentar a escola de Hogwarts.

A Torre de Pisa, em Itália, não é a única construção “inclinada” que se mantém em pé há séculos, desafiado as leis da física. Só no Reino Unido há dezenas de edifícios nestas condições, sendo que muitos foram construídos na Idade Média. Entre eles estão as chamadas “casas tortas” de Lavenham. O seu encanto reside precisamente na sua assimétrica imperfeição e na sua “humanidade”, já que, tal como o comum dos mortais, com o passar dos anos estas casas vão-se encurvando cada vez mais.

Depois de passar pelo número 10 de Downing Street, o ex-primeiro-ministro Tony Blair não deixou de trabalhar em conferências, de escrever livros ou de ser embaixador no Médio Oriente. Mas também utilizou o seu tempo a aumentar juntamente com a família uma fortuna imobiliária na qual constam pelo menos dez moradias e 27 apartamentos, sendo que boa parte destes imóveis encontra-se no centro de Londres, com um valor estimado em 27 milhões de libras (35 milhões de euros).

Viver numa casita de pássaros soa curioso, mas não demasiado atrativo. No entanto, no meio da floresta, a três horas de Londres (Reino Unido) existe uma "casa ninho" para onde muitos se mudariam sem hesitar. Apesar de que tem apenas 30 metros quadrados (m2), esta casa de conta construída em 2015 é feita de madeira e cheia de encanto: é o lugar perfeito para viver no meio da natureza, livre como um passarinho. Além do mais, é (literalmente) um "ninho de amor" para passar o São Valentim na melhor companhia.

Todas as quintas-feiras apresentamos uma casa de sonho. Esta semana fazemos uma curta viagem até ao Reino Unido para saber o que, com um pouco de bom gosto, se pode fazer com uma casa rural centenária e em ruínas. Na localidade de Cuddington há uma casa do século XVII que está a ganhar uma segunda vida, graças a uma transformação realizada pelo arquiteto britânico Simon Shaw.

Não, não está em Notting Hill. O apartamento de solteiro no qual Hugh Grant “recuperou” após o fim da relação com a modelo a atriz Elizabeth Hurley está situado no exclusivo bairro de South Kensington, um dos mais nobres e caros de Londres (Reino Unido), onde o preço médio de um apartamento varia entre os dois e os 12 milhões de euros.

O artista britânico Alex Chinneck tem um objetivo: romper (literalmente) com o conceito clássico de habitação. Nesse sentido, promove verdadeiras desconstruções de casas. A sua última ousadia foi partir ao meio uma típica habitação inglesa com quase 200 anos situada em Covent Garden, no centro de Londres. O resultado está à vista.

Depois de mais de meio século a surpreender o mundo com as suas linhas curvas e acabamentos metálicos, o arquiteto Frank Gehry, de 85 anos, responsável por obras como o museu Guggenheim em Bilbao (Espanha), ou o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles (EUA), vai ser o responsável pela revitalização da zona em redor de uma antiga fábrica de eletricidade em Londres, situada à beira do rio Tamisa, em Battersea.

Tetos desfeitos, escadas cheias de fezes de animais e paredes consumidas pela humidade e bolor.