Construção China

Se há país que bate recordes no que diz respeito à construção de infraestruturas absolutamente inúteis é a China. A prová-lo está, por exemplo, a estação Caojiawan da linha seis do metro de Chongqing, a cidade em maior crescimento do país asiático. A estação foi inaugurada em 2015 e pensada no desenvolvimento da cidade, que em 20 anos – entre 1997 e 2017 – cresceu de forma absurda, tendo agora cerca de 8,5 milhões de habitantes. Até aqui tudo normal, o problema é que as saídas desta estação de metro dão para uma espécie de depósito de lixo. Curioso?

O país mais populoso do planeta detém outros recordes: inaugurou recentemente a ponte mais alta do mundo, o maior radiotelescópio e o maior elevador de barcos, por exemplo. Conclui-se, portanto, que as últimas grandes obras de engenharia da China deixam o mundo boquiaberto.

Em 2008, um terramoto massivo golpeou a aldeia de Wenchuan, na província chinesa de Sichuan. Cerca de 70.000 pessoas perderam a vida e quase 5 milhões ficaram sem casa. Foi o terramoto que mais vidas levou naquele país, desde 1976 e o mais violento desde 1950. Para comemorar o desastre, a Universidade de Tongji construiu um museu em memória dos falecidos do sismo, que produz tanta dor como assombro pelo seu espetacular desenho

É caso para dizer: “não pisar”. A paciência e coragem de He Peiqi parece não ter limites. Este chinês criou um espetacular modelo da sua cidade natal, Chongqing, a maior do país – tem mais de 30 milhões de pessoas –, com 50.000 moedas. Para “erguer” esta réplica de Chongqing precisou de um mês e usou 11 tipos de moedas distintos.

Na China são conhecidas como “casas teimosas”, porque são as únicas que permanecem de pé após todas as outras que estavam à sua volta terem sido derrubadas. São o exemplo vivo da resistência de alguns proprietários contra o louco desenvolvimento imobiliário que se vive no país. Algumas teimam em manter-se “vivas” há mais de dez anos…