Crise na construção

segundo o instituto nacional de estatística (ine), em outubro, o índice de produção na construção registou uma variação homóloga de -18,1%, próxima da registada em setembro deste ano (-18,3%)

a confederação portuguesa da construção e imobiliário (cpci) revelou que o sector da construção está a atravessar uma situação “explosiva”, “insustentável” e “insuportável”.

tem nome de jogador de futebol, mas é famoso por vender casas, não por marcar golos.

a crise parece não ter batido à porta da teixeira duarte, que registou um resultado líquido positivo de 5,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano – no mesmo período do ano passado tinha tido prejuízos de 129,2 milhões.

o sector da construção é um dos mais afectados pela crise e em outubro voltou a registar quebras em todos os indicadores, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

a construtora portuguesa mota-engil continua a estudar novas oportunidades de negócio na américa latina e, nesse sentido, está a preparar a entrada nos mercados sul-americanos do chile e do uruguai.

o grupo lena, em parceria com uma empresa do estado argelino, a indjab, vai construir 20 mil casas no país do norte de áfrica nos próximos cinco anos.

nos primeiros nove meses do ano, os lucros da construtora mota-engil subiram 15,2% para 25,3 milhões de euros, um valor superior ao verificado no mesmo período do ano passado: 22 milhões de euros.

em setembro, a produção no sector da construção na zona euro abrandou para 1,4% na zona euro e para 1,8% na união europeia (ue).

antónio mota, presidente da mota-engil, disse, em entrevista à bloomberg, que a construtora tem uma carteira de obras de mais de três mil milhões de euros, pelo que está optimista em relação às contas deste ano, que serão apresentadas esta quarta-feira (relativas ao período entre janeiro e setembro)

a produção na construção caiu 18,2% em setembro, quando comparativamente com o mesmo mês do ano passado. trata-se de uma quada ainda maior face à verificado em agosto, mês em que a produção registou um recuou homólogo de 17,1%.

o custo de construção de habitação nova desacelerou em setembro, com uma subida homóloga de 2,2%, inferior em 0,5% à de agosto.

o regime excepcional e temporário de liberalização de cauções não está a ser cumprido.

a cimenteira secil anunciou recentemente um despedimento colectivo que abrange 56 trabalhadores. agora, e para fazer face à crise, a empresa liderada por pedro queiroz pereira vai avançar com um programa alargado de redução de custos nas operações no mercado nacional.

o desemprego não pára de aumentar no pais e está a afectar sobretudo o sector da construção, cuja carteira de encomendas já só garante trabalho até abril do próximo ano.

cinco empresas portuguesas vão participar na construção de 50 mil casas na argélia. um projecto que segundo o secretário de estado da economia, antónio almeida henriques, pode chegar aos dois mil milhões de euros.

a construtora somague garantiu a vitória em dois concursos internacionais na área portuária, no valor conjunto de cerca de 143 milhões de euros.

a cimenteira secil vai dispensar 56 trabalhadores na sequência de um despedimento colectivo. em causa está, segundo uma fonte oficial da empresa, a “inquestionável necessidade de redução da dimensão da estrutura e dos custos”.

a construtora mota-engil apresentou uma proposta não vinculativa para concorrer à privatização da ana - aeroportos de portugal, integrando-se num consórcio liderado pelos colombianos do grupo odinsa.

a 10ª edição da projekta, a feira internacional de equipamentos e materiais para construção civil, obras públicas, urbanismo e arquitectura, começa esta quinta-feira (dia 25) em angola, terminando domingo (dia 28).

as câmaras municipais estão a demorar, em média, 251 dias (8,4 meses) para pagar às empresas construção e obras públicas.

o governo e a confederação portuguesa da construção e do imobiliário acordaram um conjunto de medidas para pôr em prática e que visam recuperar e dar novo fôlego ao sector.

o grupo catarino, empresa de construção e obras públicas sedeada em febres, cantanhede, está a apostar forte no mercado brasileiro, tendo entrado no país, através da constituição da ramos catarino brasil (rcb), em 2001.

a construção é um dos sectores mais afectados pela crise, sendo que desde 2000 que o número de fogos licenciados tem vindo a descer em portugal.