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Alojamento Local gerou mil milhões de euros em 2016. E criou oito mil empregos
idealista/news

O Alojamento Local (AL) movimentou na região da grande Lisboa cerca de mil milhões de euros e criou 8.000 postos de trabalho diretos e 13.000 indiretos em 2016. Esta estimativa consta num estudo que está a ser desenvolvido pelo ISCTE, através do departamento Marketing FutureCast Lab, para a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). O trabalho, intitulado “Qualificação e Valorização do Alojamento Local”, deverá estar terminado no final de maio.

“Estamos a fazer um estudo adicional que pretende ser uma análise prospetiva dos custos e benefícios económicos do mercado do AL. O que apurámos até ao momento são ainda dados provisórios que vão ser consolidados mas há já uma estimativa na ordem dos mil milhões de volume de faturação movimentados no setor”, disse Hélia Gonçalves Pereira, investigadora do ISCTE e responsável pela coordenação do estudo da AHRESP, citada pelo Expresso.

Segundo a publicação, o estudo baseia-se na amostra de 660 empresários do setor, que detêm 1.777 imóveis na Área Metropolitana de Lisboa (AML), e apoia-se ainda em dados do Banco de Portugal, do INE e do Turismo de Portugal, entre outras instituições.

“São mil milhões que se imputam não só a benefícios diretos como é o caso das reservas pagas pelos turistas mas também os indiretos, onde se incluem os gastos feitos na restauração, no retalho, nos transportes, ou numa outra vertente, os pagamentos a serviços de limpeza, de contabilidade ou para projetos de arquitetura nas casas que são reabilitadas e ainda os fiscais no âmbito do IRS, IRC e segurança social pagos pelos empresários”, adiantou Hélia Pereira.

AL atrai sobretudo licenciados

Os proprietários de imóveis destinados ao AL são sobretudo (54%) pessoas que têm entre 35 e os 54 anos e que são licenciadas (68%). E mais: em quase 59,4% dos casos, a gestão do AL é a sua principal atividade económica. De referir ainda que 20% destes empresários têm apenas um imóvel de AL, sendo esta a situação mais frequente. Se a contabilidade for feita por número de camas constata-se que 50% dos proprietários tem menos de 18 para oferecer aos turistas, conclui o estudo.

No que diz respeito ao retorno do investimento, cerca de 53% dos empresários dizem que necessitarão de menos de um ano para que tal aconteça. “Talvez por isso, 99% dos respondentes pretende manter esta atividade no futuro e, por isso, também pretendem reforçar os investimentos nos próximos dois anos, na perspetiva de uma maior qualificação e valorização dos seus imóveis”, referiu Ana Jacinto, presidente da AHRESP.

Para quase metade dos inquiridos (45%) o investimento feito para colocar a casa em AL foi inferior a 10.000 euros, mas pelo menos 50% dos proprietários disseram que tiveram de gastar 20.000 euros para reconverter os seus imóveis.

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