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CCB tem projeto para construir hotel de cinco estrelas em Belém
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Agora que diz ter "arrumado a casa" e limpado o passivo, o novo presidente do Centro Cultural de Belém (CCB) quer construir com investimento privado um "hotel de prestígio, de cinco estrelas, com cerca de 160 quartos", nos módulos 4 e 5 do CCB. O projeto está já a ser negociado com a Associação Turismo de Lisboa e a Câmara Municipal, e os contactos com o Ministério das Finanças começarão em breve para que sejam definidos os contorno do lançamento do concurso público, para um contrato de concessão, construção e exploração.

O projeto, revelado por Elísio Summavielle em entrevista conjunta à Rádio Renascença e ao jornal Público, tem como objetivos dar mais vida à zona de Belém e assegurar que o equipamento cultural passa a ter receitas próprias suficientes que dê autonomia financeira face ao Estado Central. 

Investimento privado

“A sustentabilidade da casa só pode ser assegurada, do meu ponto de vista, por uma iniciativa que me parece fundamental e que eu vou perseguir durante este ano e que é o lançamento do concurso para a construção dos módulos 4 e 5 do CCB. Há muitos anos que se fala disso, mas até hoje, por razões diversas, nunca avançou. É essa a minha prioridade do ponto de vista da economia da Fundação Centro Cultural de Belém, independentemente de uma melhoria progressiva da diversidade e da qualidade da oferta cultural”, argumenta na entrevista. 

Hoje em dia o CCB recebe do Estado 6,7 milhões de euros para programação, um valor que anda muito longe dos 10 milhões de euros por ano do passado e que é, grosso modo, absorvido para salários e despesas correntes. É, por isso, que o responsável diz ser necessário arranjar receitas alternativas de novos projetos comerciais.

Contas saem do vermelho, mas CCB precisa de receitas extra

Nomeado para o cargo de presidente do CCB, pelo ex-ministro da Cultura João Soares para substituir António Lamas, Elísio Summavielle diz que passou os primeiros meses a tentar estabilizar as contas do CCB. E garante que o passivo, que "em maio-junho andava à volta dos 800 mil euros", desapareceu.

"As contas finais de 2016 são bastante melhores do que as do ano passado [2015]. Existia um passivo razoável de dívidas a fornecedores que estão totalmente liquidadas e a receita da casa aumentou, o que é bom, porque tudo aquilo que possa ser feito a mais na programação é em função da receita obtida com os alugueres e etc. Felizmente estes últimos meses foram bastante preenchidos com iniciativas de privados. Vamos aguardar pelas contas durante janeiro, mas estou em crer que são simpáticas e que nos permitem garantir alguma sustentabilidade durante este próximo ano de 2017”, revela.

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