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BCE volta a baixar taxas de juro para mínimos históricos
GTRES

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira (dia 10) que baixou a taxa de juro diretora para um novo mínimo histórico de 0% - estava em 0,05% desde setembro de 2014. Desta forma, a entidade liderada por Mario Draghi não vai cobrar dinheiro aos bancos para se financiarem diretamente através do regulador.

Segundo o Público, o BCE confirmou que está em estado de alerta total no combate à deflação na Zona Euro, tendo anunciando seis novas medidas de estímulo monetário.

A primeira foi a já referida descida da taxa a que as instituições financeiras da Zona Euro recorrem às operações de empréstimo regulares que o banco central vai realizando. Na prática, um banco pode, desde que apresente garantias adequadas, pedir ao BCE dinheiro emprestado sem ter de pagar juros.

A segunda medida está relacionada com a primeira, correspondendo a uma descida também de 0,05% da facilidade marginal de empréstimo, que passa de 0,3% para 0,25%. A terceira medida da lista apresentada pelo BCE é relativa à descida da taxa de juro de depósitos, aquela que é aplicada às reservas colocadas pelos bancos comerciais junto do BCE: passou de -0,3% para -0,4%.

Com esta redução das taxas de juro de depósitos o BCE pretende incentivar os bancos a reduzirem as reservas acumuladas no banco central e colocarem mais dinheiro a circular pela economia real, pelas empresas e famílias, escreve a publicação.

Além de reduzir as taxas de juro, a entidade vai, a partir de abril, passar a realizar aquisições de ativos nos mercados de 80 mil milhões de euros por mês, o que significa um reforço de 20 mil milhões de euros mensais em relação ao que vinha sendo feito desde março de 2015. Trata-se de uma forma de combater a deflação, que consiste na criação de dinheiro que é lançado à economia através da compra de dívida privada e, sobretudo, dívida pública dos países da Zona Euro.

Por haver dúvidas sobre a capacidade do BCE em encontrar no mercado títulos suficientes para comprar, a quinta medida anunciada foi o alargamento dos ativos elegíveis para este programa de aquisição às obrigações de empresas não financeiras.

De acordo com o Público, a sexta medida é a realização, a partir de junho, de quatro novos empréstimos de longa duração às instituições financeiras da Zona Euro, com as taxas de juro a poderem ir a um mínimo equivalente à taxa de juro de depósito, que é agora de -0,4%.

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