Na maioria das vezes, quando se contrai um crédito à habitação, é-se obrigado a pagar ao banco uma comissão de avaliação do imóvel que pode ascender a centenas de euros. Explicamos-te tudo sobre este assunto neste artigo preparado para o idealista/news pela plataforma ComparaJá.pt. Fica a saber em que consiste esta avaliação, quem a faz e como poderás minorar os custos com a mesma.
Quem pode fazer a avaliação de imóveis?
Este processo de avaliação, que é suportado pelo próprio cliente que vai adquirir a habitação, é feito por uma entidade especializada. Os bancos assim o exigem (e cobram consequentemente uma comissão nesse sentido), uma vez que o valor atribuído ao imóvel está muito ligado ao financiamento concedido (através do chamado “Loan-to-Value”, que é o rácio entre o montante de empréstimo e o próprio valor de avaliação da casa).
Por isso mesmo é sempre aconselhável que o cliente proceda a uma avaliação independente da habitação, podendo recorrer às seguintes opções:
Técnicos ou empresas cuja especialização se prenda com avaliação imobiliária
Alguns sites que já fazem esta avaliação e onde não pagas nada pelo processo
O próprio Portal das Finanças tem uma ferramenta que permite avaliações geográficas, em que se atribui um valor à habitação e se calcula o valor a pagar em impostos
Na banca, já há alguns “players”, como é o caso do BPI, em que é oferecido um serviço independente de avaliação das habitações
Nesse sentido, o que se deve fazer é optar por um agente especializado que disponibilize um relatório detalhado e completo. E as próprias boas práticas apontadas pelo Banco de Portugal aconselham que o relatório seja entregue ao cliente e não apenas às instituições.
Quando é feita a avaliação do imóvel?
Existem sobretudo duas situações que envolvem a avaliação do imóvel e ambas, claro está, prendem-se com o crédito à habitação. Primordialmente, como já foi referido, exige-se quando alguém deseja comprar casa.
A segunda situação refere-se à transferência do crédito à habitação. Esta opção permite reduzir a prestação mensal a pagar, assim como possivelmente alargar o prazo de pagamento e reduzir as taxas de juro.
Há ainda outros casos em que tal avaliação imobiliária pode ser útil: por exemplo, em casos de partilha de herança ou quando se pensa em vender casa, de forma a que a venda seja feita de acordo com o atual preço de mercado.
É possível reduzir os custos nesta comissão?
Como já referimos, os bancos normalmente exigem que a avaliação da habitação seja feita em parceiros da própria instituição e não dão possibilidade ao cliente de ter liberdade de escolha nesse campo. Tal pode mudar brevemente com um projeto de lei que está em discussão e que permitirá a portabilidade da avaliação. Ou seja, passará a haver “apenas uma avaliação da casa que possa ser utilizada em pedidos de crédito à habitação solicitados noutras entidades bancárias”. O cliente poderá então optar pela solução mais em conta.
Mas, enquanto o projeto de lei não se tornar efetivo, há outra solução que poderá levar a que se contornem estes custos. Normalmente, os bancos não cobram comissões de avaliação quando o imóvel adquirido é do próprio banco. E há outras vantagens: normalmente nestes casos os bancos facilitam o financiamento a 100%.
Que fatores influenciam a avaliação imobiliária?
Quando se vai determinar o valor da habitação, são tidos em conta os seguintes fatores:
Data de construção
Estado de conservação (casas usadas)
Localização da habitação, em que se inclui o piso, a vista que é possível ter, orientação solar e também as acessibilidades
Qualidade da construção da casa
Terreno onde se insere
Disposição e tipologia do imóvel
Tipo de acabamento e equipamentos disponibilizados
Outras facilidades da habitação, como é o caso de piscina, espaços verdes, lugar de estacionamento, etc.
O mercado atual, ou seja, como se encontra o panorama de oferta e procura
Claro está, quanto melhores forem os fatores acima mencionados, melhor será a avaliação que dirá respeito ao imóvel.
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