A avaliação de imóveis é um “negócio da China” para os bancos, considera a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Isto porque os consumidores pagam, em média, 232 euros por uma avaliação da casa pedida pelo banco, quando esta lhes custa menos de metade (112 euros). E se forem contratadas diretamente pelos consumidores, as avaliadoras cobram em média 163 euros. Em 2015, os bancos terão arrecadado mais de um milhão de euros em avaliações de imóveis.
“Quando contrata um crédito à habitação, a avaliação da casa é um fator fundamental para determinar o valor e as condições do empréstimo. Em regra, esta avaliação é encomendada pelo banco a um avaliador independente. O cliente paga, mas não tem qualquer garantia de que o empréstimo seja concedido. Caso não seja, tem de se dirigir a uma segunda instituição e pagar novamente”, escreve a Deco no seu site.
Nesse sentido, e para contrariar esta situação, a Deco “exige que o consumidor possa escolher o avaliador e usar uma única avaliação em várias instituições, à semelhança do que se passa” em Espanha. “Faremos chegar as nossas reivindicações à CMVM, ao Banco de Portugal, ao Ministério das Finanças e aos grupos parlamentares. Passados seis anos desde a nossa última reivindicação sobre o tema, quase tudo continua na mesma. No processo de concessão de crédito, os bancos ainda exigem a avaliação do imóvel e impõem a entidade que faz o serviço”, refere a Deco.
E se o crédito não for aprovado e o consumidor tiver de recorrer a outro banco a avaliação já paga não pode ser utilizada, tendo de pagar outra avaliação. “A que tinha feito anteriormente não serve, apesar de estar prevista na lei a chamada portabilidade da avaliação, mas, na prática, esse relatório não será aceite por uma segunda instituição bancária”, explica a associação.
1 Comentários:
Quando é que é aprovada esta lei de vez??
Portabilidade da avaliação
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