A Caixa Geral de Depósitos (CGD) organizou na semana passada, em Lisboa, um encontro com mediadores imobiliários que teve como objetivo apresentar a estratégia atual do banco para o crédito à habitação e, acima de tudo, convencer os mediadores a trabalhar ainda mais com o banco estatal não só na angariação de crédito como na venda dos imóveis que ainda têm em carteira.
“Queremos continuar a ser o maior banco do imobiliário em Portugal e claramente queremos fazer mais crédito e fazer negócio convosco”, disse o CEO da CGD, Paulo Macedo, citado pelo Expresso. Na plateia estavam empresas como a Century 21, a Remax ou a ERA.
Segundo o administrador executivo do banco público, José João Guilherme, a compensação definida para os mediadores é interessante. “Temos 2,3 mil milhões para aplicar no crédito à habitação e temos 10 milhões para pagar em comissões”, adiantou, citado pelo semanário.
Trata-se de um valor que é destinado aos mediadores que escolherem a CGD para dar crédito aos seus clientes, mas também aos mediadores que ajudarem na venda dos imóveis do banco. Estes terão inclusivamente outra benesse. “Para que estes imóveis tenham mais dedicação, vamos reforçar as comissões em mais 1%, ou seja, entre 3,5% e 6,5%”, referiu outra das administradoras executivas do banco, Maria João Carioca.
Tudo isto porque a CGD ainda tem muitos imóveis na sua carteira de imobiliário. E não se trata apenas de casas ficaram na posse do banco na sequência de incumprimentos. Há “um portefólio extenso de terrenos” que “não são as vendas mais fáceis, mas que queremos colocar no mercado, há muitos imóveis de turismo no valor de 200 milhões de euros”, em relação aos quais se espera que tenham “muita procura”, e há ainda os “imóveis clássicos que foram instalações ou agências em seis capitais de distrito e muitos deles nas zonas históricas”, contou a responsável.
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