Os mais ricos do mundo ficaram um bocadinho menos ricos em 2018. A riqueza dos bilionários caiu 388 mil milhões de dólares (350 mil milhões de euros) para um total estimado de 8,539 biliões de dólares (7,731 biliões de euros). É a primeira vez em dez anos que a fortuna dos multimilionários “emagrece”.
Segundo um relatório elaborado pelo banco UBS e pela PwC, uma das maiores empresas mundiais da área da auditoria, consultadoria e serviços financeiros, as tensões geopolíticas e a volatilidade dos mercados contribuíram para a quebra da fortuna dos mais ricos do mundo.
O “Billionaire Insights report 2019” permite ainda concluir que bancos privados como o maior gestor de fortunas a nível mundial, o UBS, sentiram os efeitos das tensões comercias entre os EUA e a China e das incertezas políticas globais, à medida que os clientes optaram por aforrar mais dinheiro em vez de investir em produtos bancários ou negociar em bolsa.
“A riqueza dos bilionários baixou pela primeira vez desde 2008 devido às questões geopolíticas”, disse Josef Stadler, chefe do departamento de clientes ultra-ricos do UBS, citado no documento.
De acordo o Jornal de Notícias, que apoia no relatório, as perdas foram mais acentuadas na China – o segundo país com mais milionários no mundo, a seguir aos EUA – e na Ásia. Dezenas de bilionários chineses saíram da lista dos mais ricos, no entanto, o país continua a produzir um milionário a cada dois dias, dois dias e meio, revelou Josef Stadler.
Já nos EUA os níveis de riqueza continuam bem elevados. “Este relatório mostra a resiliência da economia dos EUA”, que em finais de 2018 tinha 749 bilionários, disse John Matthews, chefe do departamento de gestão de riqueza e fortunas ultra-altas do UBS nos EUA.
Segundo Simon Smiles, chefe do departamento de investimento dos clientes ultra-ricos do UBS, “é provável que a riqueza do grupo dos bilionários volte a subir este ano”.
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