Subida das taxas de juro está para breve e vai agravar as condições dos créditos habitação.
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O Banco Central Europeu (BCE) abriu a porta à subida das taxas de juro para travar a inflação. O aumento ainda não aconteceu, mas está para breve. E o presidente da Associação das Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), Duarte Gomes Pereira, teme que a população não esteja consciencializada sobre a subida das prestações de créditos com taxa variável. Famílias vão sentir diferença no crédito habitação e, por consequência, na prestação da casa.

O responsável confessa em entrevista ao Jornal de Negócios que não está convicto que “as pessoas estejam conscientes da subida da sua taxa”. De acordo com o representante do setor das instituições vocacionadas para o crédito especializado, tal como escreve o jornal, a grande maioria dos contratos de crédito especializado são feitos a taxa fixa, e por isso “os clientes atuais não sentirão nenhuma diferença nas suas prestações”. Contudo, salienta, podem sentir esse diferencial noutros empréstimos, “como o crédito habitação”, o que, por essa via, vai trazer uma limitação da capacidade financeira”.

Duarte Gomes Pereira acredita que “as pessoas sabem que se aproximam tempos difíceis”, mas que não existe a noção de que “a prestação que hoje pagam de duzentos euros que vai passar a custar, por exemplo, duzentos e vinte”.

“Quando as pessoas fazem um crédito habitação, recebem uma simulação, que lhes diz quanto será a prestação se a taxa de juro subir 1%”, recorda. E questiona: “Alguém guarda essas simulação? Tenho dúvidas”, frisa o responsável.

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