Com a subida dos juros, o valor que os bancos estão autorizados a emprestar cai. E por isso há que ter em conta o financiamento.
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Financiamento do crédito habitação
idealista

Quem quiser comprar casa com financiamento bancário terá vários desafios pela frente. O atual contexto de incerteza e de alta inflação está a reduzir o rendimento disponível das famílias. E as taxas de juro nos créditos habitação estão a aumentar, à medida que a Euribor sobe a alta velocidade, reduzindo o montante que os bancos estão autorizados a emprestar para a compra de casa. É por isso que, hoje, conseguir um financiamento bancário de 90% do valor de aquisição da casa ou da avaliação da habitação é importante para os agregados familiares. E esta é uma solução disponível no EuroBIC. Explicamos tudo na rubrica de crédito habitação do mês de novembro.

Contratar hoje um crédito habitação está mais complicado para as famílias portuguesas. Isto porque não só veem o poder de compra  e a capacidade de poupança reduzidos pela alta inflação, como também têm de ter em conta os critérios de concessão do empréstimo da casa, como é o caso:

  • Limites da taxa de esforço (inferior a 50%);
  • Prazos consoante as idades;
  • Limites de financiamento bancário do menor valor entre o preço da aquisição e a avaliação da casa.

Acontece que os juros entram para o cálculo da taxa de esforço das famílias e, quanto esta for maior, menor será a sua capacidade de financiamento. Por outras palavras, a subida dos juros acaba por reduzir montante que os bancos estão autorizados a emprestar. E é por essa razão que é importante as famílias terem em conta quais são os limites de financiamento de cada instituição bancária.

Comprar casa com crédito habitação
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Como conseguir financiamento a 90% da avaliação da casa?

Há uma regra geral seguida pelos bancos em Portugal no que toca ao financiamento bancário para aquisição de habitação: as instituições financiam X% do valor de aquisição da casa ou da avaliação (o menor dos dois). Segundo explica o idealista/créditohabitação, “as várias entidades bancárias financiam 90% do valor de compra, mas apenas 80% ou 85% do valor da avaliação”.

Mas há exceções: o EuroBIC financia até 90% do menor valor entre o preço da compra ou da avaliação bancária, sendo umum dos poucos bancos que financia até aos 90% do valor de avaliação”, explicam ainda os especialistas.

Esta solução é válida para a compra de uma habitação própria e permanente, contando com um spread a partir de 1,00% e a possibilidade de chegar a uma TAEG de 3,3% com bonificação máxima. Neste caso, o prazo máximo do empréstimo de taxa variável (e indexado à Euribor) é de 40 anos ou tendo em conta os limites impostos pelo BdP. A  idade limite para pagar o crédito é de 75 anos.

Esta solução de crédito habitação do EuroBIC é de taxa variável, já que o banco não conta com solução de crédito habitação de taxa fixa, na qual os juros não variam de início ao fim do contrato.

Taxa de esforço no crédito habitação
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Porque é que subida dos juros diminui a capacidade financeira?

Isto acontece porque, de forma resumida, os juros entram para o cálculo da taxa de esforço que espelha a capacidade das famílias de pagarem a prestação da casa (e outros empréstimos) face ao rendimento disponível.

Ora, na equação da taxa de esforço para avaliar a capacidade de uma família de pagar o crédito habitação de taxa variável tem-se em conta:

  • Euribor no prazo contratado (3,6 ou12 meses);
  • Spread;
  • Taxa extra de 3% (uma espécie de margem de segurança).

Ou seja, se uma família contratar um crédito com a Euribor a 2% e spread de 1,2%) terá uma taxa de juro de 3,2%, a qual se soma a taxa extra de 3%. E será com base nesta taxa (6,2%) que será calculada a taxa de esforço máxima.

Para melhor compreender como a subida dos juros está a influenciar a capacidade de financiamento das famílias, o idealista/créditohabitação desenhou um cenário base de um casal com rendimento mensal de 2.000 euros, que pretende contratar um empréstimo para comprar casa com spread de 1% e prazo de 40 anos. E concluiu que quando a Euribor estava no negativo (-0,50%), o financiamento autorizado para esta família foi de 255.000 euros. Já se a Euribor chegar aos 3%, o valor emprestado cai para 160.000 euros, ou seja, menos 37% do valor financiado quando o indexante estava em terrenos negativos.

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