
A procura por crédito habitação em Portugal está a diminuir mês após mês, dada a subida a pique das taxas de juro. E para atrair mais famílias para novos empréstimos para comprar casa, os bancos já estão a adotar estratégias, que passam nomeadamente por baixar spreads. Um deles é o Santander, que lançou uma campanha onde as famílias podem contratar um crédito habitação de taxa variável onde o spread começa nos 0,5% nos primeiros dois anos e, depois, será a partir de 0,8%. Explicamos tudo na rubrica Crédito Habitação do Mês de maio.
“Nos empréstimos à habitação, o custo de financiamento e as pressões concorrenciais contribuíram ligeiramente para reduzir os spreads em empréstimos de risco médio”, concluiu o Banco de Portugal no Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito de abril.
Há exemplos disso mesmo no mercado, como é o caso da campanha promocional do Santander, que dá um spread de 0,50% nos primeiros 2 anos e a partir de 0,80% após este período. Claro que, para beneficiar de spread reduzido, há detalhes a ter em conta. Neste caso, os créditos habitação terão de ser pedidos até 30 de junho de 2023 e as escrituras efetuadas até 30 de setembro de 2023. E tratam-se empréstimos habitação de taxa variável, com prazo até 30 anos, com limite de 75 anos de idade.
Além do spread reduzido, o Santander dá outras vantagens nesta campanha: a isenção de comissão de dossier e avaliação e TAEG desde 4,7% (com bonificação máxima). Adicionalmente, as famílias podem ainda receber até 1.000 euros em compras na Boutique Santander. Além disso, esta oferta de crédito habitação também é válida para transferências de crédito com suporte de custos do processo.

Diferença entre taxa variável e fixa é cada vez menor
A taxa de juro média nos novos créditos habitação tem vindo a aumentar, tendo atingido os 3,86% em março, um máximo desde junho de 2012, indica o BdP. Em fevereiro, a taxa de juro foi de 3,52%. É precisamente "o nível geral das taxas de juro que contribuiu fortemente para reduzir a procura de empréstimos à habitação” no nosso país, admitiu o regulador liderado por Mário Centeno, dando nota que a confiança dos consumidores e as perspetivas do mercado de habitação também contribuíram embora a menor grau.
O BdP também diz que no total de empréstimos concedidos a particulares para a compra de habitação própria e permanente “o diferencial entre a taxa de juro variável e a taxa de juro fixa dos novos empréstimos à habitação voltou a diminuir”.
“A taxa de juro média dos novos empréstimos a taxa variável aumentou 0,23 pontos percentuais, para 3,79%, enquanto a taxa de juro média dos novos empréstimos a taxa fixa aumentou 0,08 pontos percentuais, para 4,28%”, detalha.
É precisamente pelo facto de a diferença entre as ofertas de taxa fixa e variável ser tão pequena, que as famílias continuam a optar por pedir créditos habitação a taxa variável, representando 76% do montante dos novos empréstimos da casa em março, muito embora taxa mista esteja a ganhar terreno.
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