No final de fevereiro, havia 1,96 milhões de devedores de crédito da casa, tendo subido pela 1ª vez desde 2022, revela o BdP.
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Crédito habitação em Portugal
Foto de Mikhail Nilov no Pexels

Há cada vez mais famílias a contratar crédito habitação para comprar casa, perante a descida dos juros e novos incentivos para os jovens até aos 35 anos (isenção de IMT e garantia pública). E o valor total de empréstimos da casa existentes em Portugal está a aumentar, chegando aos 103,5 mil milhões de euros no final de fevereiro de 2025, o maior valor registado desde meados de 2014.

“O stock de empréstimos para habitação aumentou 698 milhões de euros relativamente a janeiro, totalizando 103,5 mil milhões de euros no final de fevereiro”, revelou o Banco de Portugal (BdP) numa nota estatística divulgada esta quinta-feira (dia 27 de março).

Em termos homólogos, o montante total de crédito da casa subiu 4,8%, “mantendo a trajetória de aceleração por 14 meses consecutivos”, destaca ainda. É preciso recuar a julho de 2014 para encontrar um valor total de empréstimos habitação tão elevado no nosso país.

Neste boletim, o BdP revela que havia 1,96 milhões de devedores de crédito habitação no final de fevereiro, o que constitui um aumento de 1.800 pessoas face a janeiro, num “indicador que não registava uma subida desde junho de 2022”.

A verdade é que o contexto económico atual está mais favorável à contratação de novos créditos para comprar casa e mais convidativo em manter os empréstimos nos bancos ao invés de amortizar. Desde logo, os juros estão a descer há vários meses, tanto por via da Euribor como pelas taxas mistas mais acessíveis.

Além disso, os jovens até aos 35 anos têm agora apoios para comprar a sua primeira habitação, com a isenção do IMT e Imposto do Selo, e o acesso à garantia pública, que permite financiamentos até 100%. Aliás, segundo o próprio regulador português, mais de quatro em cada dez pessoas que contrataram crédito habitação própria permanente em 2024 tinham até 35 anos.

Este aumento do montante total de créditos da casa acabou por influenciar o crescimento homólogo de 5,2% para o conjunto dos empréstimos a particulares (habitação e consumo), que subiu para 134 mil milhões de euros em fevereiro.

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