
Os bancos estão a emprestar mais dinheiro às famílias para a compra de casa em Portugal. E a maioria dos créditos habitação continuam a ser contratados a taxa mista, não só por apresentarem juros mais baratos, mas também porque continuam a ser lançadas campanhas bem atrativas. O Novo Banco, por exemplo, tem em marcha uma oferta de empréstimo habitação a taxa mista que dá cashback até 2% do valor do crédito. Explicamos tudo na rubrica Crédito habitação do mês de abril.
O arranque de 2025 tem sido marcado por um aumento da procura de crédito habitação, sobretudo por jovens que contam agora com a garantia pública e isenção de IMT. O Banco de Portugal (BdP) revelou que o montante dos novos contratos aumentou 132 milhões de euros, para 1.655 milhões de euros em fevereiro. E deu nota ainda que “o crédito concedido a mutuários com idade igual ou inferior a 35 anos representou 55% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em fevereiro, mais 5 pontos percentuais face a janeiro”.
A grande maioria dos novos créditos para a compra de habitação própria e permanente continua a ser contratada a taxa mista (que fixa os juros no início do contrato, seguido de um período a taxa variável), que está mais barata e atrativa para os bolsos das famílias. Isto porque, perante descida da Euribor e a elevada concorrência, os bancos estão a melhorar as suas ofertas de crédito da casa, baixando spreads e até devolvendo dinheiro às famílias.

Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.
Crédito da casa a taxa mista no Novo Banco: como funciona o cashback?
Um dos bancos que lançou recentemente uma campanha de crédito habitação a taxa mista foi o Novo Banco, na qual dá cashback até 2% do valor do empréstimo. Esta é uma campanha válida para processos aprovados até 30 de junho de 2025 e com escritura realizada até 31 de agosto de 2025.
Esta oferta de empréstimo da taxa mista do Novo Banco dá diferente cashback consoante o período de fixação inicial dos juros:
- Taxa fixa a 5 anos com cashback de 2%: ao contratar o crédito da casa com taxa fixa a 5 anos de 3,256%, a família recebe 2% do valor do empréstimo. A partir do quinto ano, os juros passam ao período variável somando a Euribor a um spread de 0,9%;
- Taxa fixa a 2 anos com cashback de 1%: fixando a taxa por dois anos a 3,043%, os mutuários recebem 1% do valor do crédito. Depois do segundo ano, os juros são calculados somando a Euribor ao spread de 0,9%.
Ambas as ofertas de crédito habitação a taxa mista no Novo Banco requerem o período mínimo de manutenção do empréstimo de 5 anos. E a Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) começa nos 3,90% com vendas associadas facultativas.
Esta oferta de empréstimo a taxa mista está disponível para a compra de habitação própria e permanente, e prevê um financiamento até 90% do valor da compra ou da avaliação da casa (o que conta é o menor dos dois). O prazo máximo para o pagamento do crédito é 40 anos ou os limites definidos pelo Banco de Portugal consoante a idade dos mutuários. A idade limite de pagamento são os 75 anos.

Sete em cada 10 créditos da casa são a taxa mista
É por haver campanhas de crédito habitação como esta que as famílias se têm voltado para a taxa mista. Os dados mais recentes do BdP revelam que, em fevereiro, a grande maioria (72%) dos novos empréstimos habitação (para compra de casa própria) foram contratados a taxa mista. Já a taxa variável representou 23% dos créditos da casa, tendo descido ligeiramente face ao mês anterior (24%), enquanto os empréstimos a taxa fixa pesaram apenas 6% do total.
A atual elevada concorrência entre os bancos com foco na taxa mista também tem ajudado a descer os juros para o nível mais baixo entre os três tipos. “A taxa de juro média das novas operações a taxa mista foi de 2,95% em fevereiro, sendo 0,04 p.p. inferior à verificada em janeiro. A taxa de juro média das novas operações a taxa variável foi a que mais reduziu (0,14 p.p., para 3,45%), ficando abaixo da verificada nas operações a taxa fixa, que se manteve relativamente estável nos 3,60%”, referiu o regulador português.
Todo este contexto tem ajudado a reduzir a taxa de juro média dos novos contratos de crédito habitação em Portugal, que desceu de 3,13% em janeiro para 3,19% em fevereiro, sendo este o valor mais baixo desde a reta final de 2022.
Para poder comentar deves entrar na tua conta