Oito equipas lutam pela vitória na Liga dos Campeões e são sete jogos (quatro dos “quartos”, dois das “meias” e a final) a decorrer na capital.
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‘Champions’ a oito arranca hoje em Lisboa e terá impacto económico para Portugal de 50,4 milhões
Diego Simeone, treinador do Atlético de Madrid, à chegada a Lisboa GTRES

A fase final da Liga dos Campeões, que será jogada a oito equipas e que se realiza sem público – a um só encontro – e sob fortes medidas de proteção sanitária nos estádios da Luz e Alvalade, em Lisboa, arranca esta quarta-feira (12 de julho de 2020), com os italianos da Atalanta a medirem forças com os franceses do PSG, para os quartos-de-final da competição. O evento deverá ter um impacto superior a 50 milhões na economia portuguesa.

Num ano atípico a todos os níveis, devido à pandemia da Covid-19, ficou decidido que a edição deste ano da ‘Champions’ se iria realizar na capital, nos estádios de Benfica e Sporting, num formato diferente, já que as partidas que falta disputar (quatro dos quartos-de-final, duas das meias-finais e a final) vão ser realizadas num único jogo a eliminar. O arranque acontece esta quarta-feira, às 20h, no Estádio da Luz, e a final está agendada para dia 23 de agosto, também na “casa” do Benfica.

Um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), a que a Lusa teve acesso, estima que a competição terá um impacto económico de 50,4 milhões de euros, sendo que quase metade (49%) do impacto “beneficiará refeições” em casa e fora da habitação. O alojamento, com estadas mais longas devido ao modelo concentrado da fase final, contribui para 13% do impacto, as viagens para 9% e as atividades turísticas para 5%, estando as restantes percentagens divididas entre atividades publicitárias, eventos, compras e outras atividades comerciais.

De acordo com o estudo, está prevista a presença de “16 mil adeptos sem bilhete e 3.300 visitantes na final”, um número que conta com as comitivas das equipas, quatro centenas de jornalistas, mais de um milhar de integrantes do staff de apoio e outro milhar de convidados da UEFA, entre outros profissionais de produção e transmissão.

O professor universitário e especialista em marketing desportivo Daniel Sá, que coordenou o estudo do IPAM, explicou, citado pela Lusa, que “este estudo foi muito mais difícil de fazer que o normal, por ser o primeiro sem público, uma dimensão com um peso enorme”, além da dificuldade em prever “o comportamento social com pandemia”, das esplanadas às áreas criadas em redor dos estádios para atrair adeptos.

O docente universitário lembra estudos do IPAM em edições anteriores, como a de Lisboa2014, cuja previsão era de 46 milhões de euros, ou a de Madrid, analisada pelo Turismo de Madrid, que refere 66 milhões de euros, para destacar um valor que não “foge” às finais anteriores, ainda que inclua seis outros jogos num contexto em que o fluxo normal de adeptos é desencorajado.

Ainda assim, Daniel Sá acredita que o mais importante dos impactos é o mediático, porque Portugal e Lisboa estarão “nas bocas do mundo durante 12 dias”. “Os 50 milhões são muito importantes, mas não vão salvar a nossa economia. O maior impacto, na nossa opinião, é o mediático”, comentou, apontando para os números da final de 2019, que gerou uma audiência de 400 milhões de telespetadores em todo o mundo, e mais de mil milhões de interações relacionadas nas redes sociais.

Em 2019, a final entre Liverpool e Tottenham, ganha pelos ingleses, obteve recordes de performance digital, garante o IPAM, e é essa característica que torna esta prova numa oportunidade para a capital portuguesa. “Num contexto de pandemia, onde as economias querem recuperar confiança e onde Portugal tem o turismo como um pilar decisivo do seu PIB, esta é a melhor campanha de promoção e confiança de Portugal junto do mundo inteiro”.

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