Réplicas digitais serão colocadas à venda na plataforma Artentik a partir de 1 de dezembro.
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Santa Casa vende obras de arte em criptomoedas
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Será através da plataforma Artentik que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai colocar réplicas virtuais das suas obras de arte à venda no mundo digital entrando, assim, no universo dos Non-Fungible Tokens (NFTs) – tokens não fungíveis, em português. A plataforma vai ficar disponível a 1 de dezembro de 2021 e os preços das obras podem oscilar entre 100 euros e 200 mil euros.

A entrada da Santa Casa no mercado dos criptoativos foi anunciada por Edmundo Martinho, provedor da instituição, durante o Web Summit 2021 que decorreu até esta quinta-feira, dia 4 de novembro de 2021. E Artentik é o nome da marca da Misericórdia de Lisboa neste mercado dos NFTs, onde vai disponibilizar “gémeos digitais” das suas obras de arte.

Em concreto, “a Artentik apresentará um conjunto de 13 ativos em três categorias de arte -pintura, relíquias e artefactos - sobre São Francisco Xavier, o Natal e a Natividade”, referem em comunicado. “Ao longo dos seus mais de 500 anos, a Santa Casa conseguiu reunir um conjunto importante de peças de arte”, começa por explicar Edmundo Martinho, que diz mesmo que os “NFTs criaram uma maneira de museus e galerias de arte compartilharem as suas inestimáveis ​​obras de arte e artefactos com um público global”.

Mas como é que funciona o mercado dos NFTs? Os tokens não fungíveis representam algo “único, exclusivo e não replicável”, sendo que nenhum NFT pode ser duplicado nem falsificado. Estes criptoativos estão registados em blockchain e podem ser utilizados para funções onde a escassez é necessária, seja para criar itens digitais exclusivos, colecionáveis, itens em jogos criptografados ou “arte criptográfica”, explicam no mesmo documento.

Comprar obras de arte da Santa Sasa em NFTs
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Peças de arte podem chegar aos 200 mil euros

Portanto, o que a Santa Casa vai fazer é digitalizar um conjunto de peças artísticas e religiosas e colocar essas réplicas digitais únicas à disposição de quem as quiser comprar. “Ao criar a nossa própria janela digital as pessoas podem visualizar os nossos ativos culturais exclusivos, possuir uma réplica digital dos mesmos através de NFTs e saber que as receitas serão usadas ​​para atividades de empreendimento social”, acrescenta o provedor da Santa Casa.

Quanto ao valor que pode arrecadar com as vendas online, Edmundo Martinho não revelou as estimativas, mas afirmou que tudo “vai depender do número de cópias e do valor intrínseco da obra original. Mas estamos a falar de coisas que podem ir dos 100 euros aos 200 mil euros, sendo que algumas serão vendidas em leilão”, disse citado pelo ECO. Os pagamentos só poderão ser feitos em criptomoedas.

Esta plataforma deverá aumentar o leque de obras à venda, sejam da Santa Casa ou de outros artistas. “Esta é uma democratização cultural dos museus e estamos muito satisfeitos por abraçá-la”, concluiu.

Réplicas digitais da Santa Casa à vens
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

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