
Portugal está a enfrentar de novo um período de seca acentuado, e com temperaturas acima do normal. As condições meteorológicas não têm permitido a reposição dos volumes armazenados nas albufeiras e nas águas subterrâneas, tal como é natural acontecer depois do período de verão, tanto que o Governo decidiu acionar mecanismos para enfrentar os efietos da seca em 2022. Mas há coisas que todos os cidadãos podem fazer para poupar água em casa e no dia a dia.
Além dos duches rápidos, programas de lavagem mais curtos, ou fechar a torneira da água enquanto se escova os dentes, Sara Correio, da Associação Sistema Terrestre Sustentável (Zero), e Alexandra Azevedo, da Quercus, partilharam com o jornal Público outras dicas importantes para reduzir o consumo de água.
Consumir alimentos sazonais
A responsável relembra que a agro-pecuária é um dos setores que mais contribui para o consumo de água e, portanto, preferir alimentos sazonais e de produção local e regional ajuda no combate ao desperdício.

Usar caixote do lixo na casa de banho
Uma forma de evitar contínuas descargas de água desnecessárias.
Usar a água dos banhos
A primeira água que sai da torneira quando vamos tomar banho pode ser aproveitada para lavar o chão, deitar no autoclismo ou regar as plantas. Também é possível adquirir redutores de água.
Usar máquinas de lavar roupa e loiça só com carga máxima
Esta é uma dica para seguir sempre. Além de poupar água, também permite poupar luz. É igualmente importante olhar para a etiqueta energética destes aparelhos e optar sempre por aqueles que gastam menos energia.

Atenção aos consumos
A associação Zero lembra que a maioria dos alimentos, têxteis, equipamentos tecnológicos e muitos outros produtos necessitam de água para serem produzidos, o que quer dizer que, se reduzirmos o consumo de muitos deles, estamos a poupar água.
Redutores de água
Há quem coloque inúmeros objetos no autoclismo para evitar grandes descargas de água. Hoje em dia, há já soluções como redutores de água.

Agricultura sustentável
Para combater o problema da falta de água, Alexandra Azevedo, da Quercus, refere que há soluções indiretas que não passam por esperar que chova, nomeadamente apostar em medidas que promovam uma agricultura sustentável e mais amiga do ambiente e, simultaneamente, aumentem a matéria orgânica dos solos, para que seja necessária menos rega, tal como escreve o jornal Público.
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