O número de novas pensões antecipadas atribuídas pela Segurança Social subiu 19,2% em 2024, atingindo cerca de 24 mil casos. O aumento deveu-se, sobretudo, às antecipações por flexibilização da idade, que cresceram 32% face ao ano anterior, para 15,3 mil, enquanto as pensões por desemprego de longa duração subiram apenas 1,9%, para perto de 9 mil.
Segundo o Jornal de Negócios, esta subida ocorreu após a decisão do Governo de 2023 de manter a idade da reforma em 66 anos e 4 meses para 2024, apesar das novas estimativas de esperança de vida do Instituto Nacional de Estatística (INE), e sem agravar imediatamente o fator de sustentabilidade. Este fator, que determina os cortes aplicáveis às pensões antecipadas, subiu para 16% em 2024, refletindo os valores provisórios da esperança de vida.
O relatório sobre a sustentabilidade financeira da Segurança Social indica ainda que havia 102 mil pessoas com pensão antecipada solicitada mas que ainda não tinham atingido a idade normal de reforma, menos 4,5% do que no ano anterior. A idade normal de reforma em 2025 é de 66 anos e 7 meses, subindo para 66 anos e 9 meses em 2026, com o fator de sustentabilidade atual a fixar-se em 16,93%, mantendo as regras de cortes para quem antecipa a reforma.
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