Reserva de ouro do BdP ascendia a 19.796 milhões de euros no final de 2021, um acréscimo de 808 milhões face ao ano anterior.
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Ouro do Banco de Portugal
Banco de Portugal

O ouro que está nos cofres do Banco de Portugal (BdP) valorizou 4,3% num ano, em 2021 face a 2020. Esta é uma das conclusões a retirar do Relatório do Conselho de Administração relativo a 2021, divulgado esta terça-feira (17 de maio de 2022) pelo banco central. 

“A reserva de ouro do BdP ascendia a 19.796 milhões de euros no final de 2021, um acréscimo de 808 milhões de euros face ao valor registado em 2020, devido à evolução positiva da cotação da onça de ouro em euros”, lê-se no documento. O banco central explica, de resto, que esta evolução se deveu ao efeito da valorização do dólar (USD) face ao euro (EUR), que foi de 7,7%, uma vez que se verificou uma desvalorização do preço do ouro em USD (-3,8%).

O banco central refere ainda que a quantidade desta reserva se manteve “inalterada nas 382,6 toneladas, sendo que o aumento do valor em euros teve como contrapartida uma variação de balanço, de igual montante, na rubrica Diferenças de reavaliação”. No final do ano passado, as Diferença de reavaliação do ouro totalizavam 16.763 milhões de euros, nota a entidade presidida por Mário Centeno, ex-ministro das Finanças. 

“Em 2021, o BdP continuou a efetuar aplicações em ouro, com o intuito da rentabilização deste ativo, que se traduziam, a 31 de dezembro, em empréstimos colateralizados (expressos no agregado Responsabilidades por aplicações colateralizadas), cujos euros recebidos foram utilizados na redução temporária das responsabilidades da conta TARGET. Ainda no ano de 2021, foi deslocalizado o ouro depositado na Reserva Federal (FED) de Nova Iorque, para o Banco de França, com o objetivo de obter rentabilidades futuras e passar a sua localização para o Eurosistema”, lê-se no Relatório do Conselho de Administração do BdP relativo a 2021.

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