
O ciclo de baixas taxas de juro nos depósitos a prazo ainda não terminou em Portugal, muito embora o Banco Central Europeu (BCE) esteja comprometido em subir as taxas de juro diretoras para fazer baixar a inflação na Zona Euro, que atingiu os 10% em setembro. E agosto, a taxa de juro nos depósitos a prazo no nosso país, de 0,07%, foi mesmo a terceira mais baixa da União Europeia (UE) em agosto. E quais são as taxas de juro oferecidas por cada banco em Portugal? A oferta de juros pode variar em função do prazo do depósito, do segmento e até da idade do titular, começando nos 0,01%. Explicamos.
Os depósitos a prazo têm sido a escolha de muitas famílias para proteger as poupanças. Os dados do Banco de Portugal (BdP) mostram que em agosto o montante de novos depósitos de particulares foi de 4.124 milhões de euros, mais 270 milhões do que em julho (ou seja, +7%). Mas, a verdade, é que ter as poupanças nos depósitos a prazo não compensa em Portugal. E os dados do BdP também espelham esta realidade: neste conjunto de novos depósitos a prazo, a taxa de juro média baixou de 0,09% em julho para 0,07% em agosto.
Comparando com os outros países da Zona Euro, a taxa de juro nos depósitos em Portugal é uma das mais baixas de todas, tal como mostram os dados do BCE.
Quais são as taxas de juro praticadas pelos bancos em Portugal?
A taxa média nos novos depósitos a prazo foi de 0,07% em agosto. E cada instituição financeira pratica as suas próprias taxas de juro nos depósitos. E, neste momento, pôr dinheiro nos depósitos a prazo rende muito pouco. Isto porque nenhum banco tem, hoje, necessidade de liquidez, e como a definição de juros depende da política comercial interna, os bancos só vão subir as taxas de juro nos depósitos a prazo quando precisarem, escreve o Expresso.
Olhando para as ofertas de depósitos a prazo de cinco bancos portugueses, verifica-se que a taxa de juro inicial é bem abaixo da média de agosto na maioria das instituições – de, em concreto, 0,01%. Ao longo do prazo do depósito, a taxa de juro pode chegar, no máximo, aos 1,00% e, no mínimo, 0,01%.
De notar ainda que há bancos que não têm oferta de depósitos remunerados, como é o caso do BPI, refere o mesmo jornal.
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